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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

"ESSA TAL FELICIDADE"

A Importância de ser FELIZ...

Durante muito tempo na vida eu busquei a felicidade, uma busca constante e muitas vezes decepcionante, buscava algo que não sabia quantificar, ou nem ao menos reconhecer, buscava algo que me era tão estranho e abstrato que de certa forma a sensação era que nunca iria encontrar “Essa tal FELICIDADE”.
De repente descobri ao longo dos anos e com alguns acontecimentos, que a felicidade nada mais é que uma maneira diferente de se viver, de ver o mundo, de sentir o mundo e as pessoas que nele estão, ser feliz por mais frase feita que possa parecer nada mais é que uma questão de escolha, uma escolha gratuita e muito fácil e isso me é tão claro hoje em dia que vejo que o difícil é ser infeliz, o difícil é renegar todas as coisas que tenho em abundância ao alcance das minhas mãos todos os dias que são a expressão mais pura da felicidade e enxergar apenas o que em minha concepção ainda me falta.
Ser feliz é uma conquista diária e constante, sempre haverá vários caminhos a serem percorridos, e você não precisa escolher o caminho que a sociedade julga ser o certo, você só precisa escolher o seu caminho, o caminho que te faz feliz, não o que um dia poderá te fazer feliz, mas o que já te faz feliz só pelo fato de você saber que ele existe.
Todos têm momentos de baixa, mas o grande segredo é: “o quanto permitimos” que estes momentos interfiram na nossa vida, como olhamos pra eles, temos que aprender a ouvir com outros olhos tudo que cerca nossa vida, temos que aprender a ver com o tato, a fugir do obvio, a analisar todas as situações sob uma nova óptica com um novo olhar, parar de enxergar os problemas e parar também de buscar “soluções” para os “tais problemas”, o mapa da mina é não enxergar problemas, no máximo encarar como imprevistos, leves tropeços que aconteceram para te mostrar que as coisas podem ser diferentes, e que o imprevisível pode ser mágico e transformador.
Algum tempo atrás conversando com um amigo disse que estava triste porque tinha decidido largar um emprego, e ele me perguntou se eu era feliz lá, eu respondi que “mais ou menos”, então ele me disse que eu não devia lamentar, e me questionou se eu lá tinha nascido pra ser feliz “mais ou menos”e hoje é essa a pergunta que me faço antes de lamentar por qualquer “perda”, ou melhor qualquer contratempo que ocorre na minha vida, se rompi com alguém ou alguma coisa é porque de alguma forma aquilo já não me fazia bem, aquilo não era parte da felicidade que deve ser a minha vida e se não faz parte da felicidade, devo ficar feliz por ter deixado de fazer parte da minha vida, porque eu tenho dentro de mim a certeza de que nasci para ser Feliz e ser feliz plenamente e isso não é utopia, não pra mim ao menos, pois eu escolhi que assim fosse e desta forma assim será.
Ser feliz é fazer da própria felicidade um jeito de viver e com isso contagiar a todos a seu redor com a luz da sua própria felicidade, ser feliz é olhar nos olhos e sorrir sinceramente, ser feliz é olhar o mar pela manhã, andar com os pés descalços na areia, sentir o vento no seu rosto e pensar que só por poder desfrutar de tudo isso, você já deveria ser imensamente feliz e se um dia disseram que sua felicidade irrita alguém, chame essa pessoa pra ser feliz junto com você...

Morgana Fernandes

Dois homens olharam através das grades da prisão; / um viu a lama, o outro as estrelas. (Santo Agostinho)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Minha essência...


Sou de fato muito simples, difícil de ser entendida pela maioria, mas de fato muito simples para algumas pessoas, algumas pessoas incríveis que são capazes de capturar minha essência, olhar através do que represento e enxergar de fato quem sou, a estas pessoas sou grata por me ajudarem a ser um pouco mais Morgana a cada dia...

UMA SÓ REALIDADE!!!


Sentimentos saltando do papel...

Respeitei meu silêncio nesses últimos dias, pois é acreditem andei reflexiva e silenciosa, sei que parece impossível e nem eu mesma acredito nisso, fiz um silêncio interno, um silêncio meu, mas hoje sozinha no meu quarto ouvindo o barulho da chuva, sentindo a falar, sair desse silêncio que me acompanha desde segunda feira a noite e abrir meu coração a respeito de tudo que vivi e senti junto com pessoas extraordinárias em 5 dias incríveis...

Posso começar falando de paixão, emoção, inspiração, loucura, ternura, aventura, faltam-me adjetivos pra descrever toda a intensidade de sentimentos que vivi nestes dias, como sempre digo Oasis é estréia, Oasis é ousar, essa energia nos leva a agir de forma incomum, nos torna pessoas incomuns, viver envolto nesta energia, é viver em outro mundo, é viver no mundo onde o sonho é realidade construída entre amigos, entre irmãos, viver em comum-unidade, abraçar pessoas e ter a certeza de que você não poderia passar pelo mundo sem receber estes abraços, todos somos um, todos somos parte de um todo muito maior, somos família, somos o mundo que queremos viver.

Posso continuar dizendo que ser oasiano é ser acordado às 3 da manhã com amigos gritando na janela pelo seu nome, sair com eles, encontrar pessoas especiais pela primeira vez e ter a certeza ao abraçá-las de que fizeram parte de sua vida desde sempre, seus corações e suas almas sempre estiveram conectadas, faltava apenas o encontro presencial, o sentir-se abraçado, o olhar nos olhos, e essa emoção se repetiu a cada novo abraço, a cada encontro, reencontro, a cada sonho compartilhado, lagrima derramada, lagrimas de alegria, de emoção, de êxtase, de paixão.

Os sentimentos foram e ainda são tão intensos, a vontade de aproveitar cada segundo, de viver cada momento ao máximo, de se desligar e desprender de todo o resto e acreditar apenas no momento presente, nos sonhos reinventados, o construir teorias e conhecimentos o almejar o infinito, a crença nas pessoas e na humanidade reacendida a cada instante, o empoderamento coletivo, observar a tudo isso foi mágico, ver nascer nos olhos, sentir nos abraços, ver outros despertar para o que a algum tempo despertei, ver o mesmo brilho nos olhos, ver amigos maravilhados ao descobrir que é possível sentir tamanha felicidade em saber que de fato podemos fazer a diferença, que de fato somos capazes de acontecer, crescer e transformar.

Por fim posso permanecer lembrando de cada brincadeira, cada riso solto, a energia que nos envolveu no rio no momento das danças, dos cânticos, a emoção compartilhada nos olhares, nos gestos, cada momento de cuidado, cada imagem capturada e eternizada através de fotos, vídeos, lembranças, sentimentos que traduziram a essência de cada um, a essência do todo, a essência deste novo mundo que buscamos, essa essência que poderei reacender dentro de mim a todo instante, que levarei pra toda vida, amigos que farão parte de minha biografia, da minha es - historia que já fizeram toda a diferença no mundo, que já fizeram toda a diferença na minha vida, quebrar paradigmas, aprender para ensinar, reaprender para pensar, amar para se apaixonar, o encantamento e felicidade que me envolvem neste momento é inexplicável, insuperável, incontestável, inviolável, sagrado, sereno, divino e estarrecedor.

Sinto-me envolta e empoderada de toda energia gerada nestes dias e tenho certeza de que está energia permanecerá comigo por toda a vida, ao contrario do vazio que senti ao retornar “a realidade” da primeira vez que senti essa explosão de sentimentos, de quando conheci o movimento, hoje me sinto preenchida, sinto uma saudade alegre de tudo que vivi, mas não sofro pela ausência, não sofro com o retorno nem com o afastamento, hoje sorrio feliz ao lembrar de cada instante, com a certeza de que não retornei a realidade, eu transformei minha realidade, fiz da minha vida um verdadeiro Oasis, não oscilo mais entre duas realidades, essa é a minha realidade, essa é a minha felicidade, esse é meu mundo e é nele que vou viver, minha satisfação de enfim conseguir me encontrar neste mundo em definitivo é tamanha que não sei se consegui traduzir em palavras este sentimento, mas espero ter conseguido expressar mesmo que de uma forma confusa e talvez até mau-escrita um pouco de todo esse sentimento...

Amo vocês, amo o Oasis e amo tudo que dele provém...

O AMOR

O AMOR

Krishnamurti - Do livro: Liberte-se do Passado - Ed. Cultrix - 
Páginas 71 a 78

A necessidade de segurança nas relações gera inevitavelmente o sofrimento e o medo. Essa busca de segurança atrai a insegurança. Já encontrastes alguma vez segurança em alguma de vossas relações? Já? A maioria de nós quer a segurança no amar e no ser amado, mas existirá amor quando cada um está a buscar a própria segurança, seu caminho próprio? Nós não somos amados porque não sabemos amar.

Que é o amor? Esta palavra está tão carregada e corrompida, que quase não tenho vontade de empregá-la. Todo o mundo fala de amor - toda revista e jornal e todo missionário discorre interminavelmente sobre o amor. Amo a minha pátria, amo o meu rei, amo um certo livro, amo aquela montanha, amo o prazer, amo minha esposa, amo a Deus. O amor é uma idéia? Se é, pode então ser cultivado, nutrido, conservado com carinho, moldado, torcido de todas as maneiras possíveis. Quando dizeis que amais a Deus, que significa isso? Significa que amais uma projeção de vossa própria imaginação, uma projeção de vós mesmo, revestida de certas formas de respeitabilidade, conforme o que pensais ser nobre e sagrado; o dizer "Amo a Deus" é puro contra-senso. Quando adorais a Deus, estais adorando a vós mesmo; e isso não é amor.

Incapazes, que somos, de compreender essa coisa humana chamada amor, fugimos para abstrações. O amor pode ser a solução final de todas as dificuldades, problemas e aflições humanas. Assim, como iremos descobrir o que é o amor? Pela simples definição? A Igreja o tem definido de uma maneira, a sociedade de outra, e há também desvios e perversões de toda espécie. A adoração de uma certa pessoa, o amor carnal, a troca de emoções, o companheirismo - será isso o que se entende por amor? Essa foi sempre a norma, o padrão, que se tornou tão pessoal, sensual, limitado, que as religiões declararam que o amor é muito mais do que isso. Naquilo que denominam "amor humano", vêem elas que existe prazer, competição, ciúme, desejo de possuir, de conservar, de controlar, de influir no pensar de outrem e, sabendo da complexidade dessas coisas, dizem as religiões que deve haver outra espécie de amor - divino, belo, imaculado, incorruptível.

Em todo o mundo, certos homens chamados "santos" sempre sustentaram que olhar para uma mulher é pecaminoso; dizem que não podemos aproximar-nos de Deus se nos entregamos ao sexo e, por conseguinte, o negam, embora eles próprios se vejam devorados por ele. Mas, negando o sexo, esses homens arrancam os próprios olhos, decepam a própria língua, uma vez que estão negando toda a beleza da Terra. Deixaram famintos os seus corações e a sua mente; são entes humanos "desidratados"; baniram a beleza, porque a beleza está ligada à mulher.

Pode o amor ser dividido em sagrado e profano, humano e divino, ou só há amor? O amor é para um só e não para muitos? Se digo "Amo-te", isso exclui o amor a outro? O amor é pessoal ou impessoal? Moral ou imoral? Familial ou não familial? Se amais a humanidade, podeis amar o indivíduo? O amor é sentimento? Emoção? O amor é prazer e desejo? Todas essas perguntas indicam - não é verdade? - que temos idéias a respeito do amor, idéias sobre o que ele deve ou não deve ser, um padrão, um código criado pela cultura em que vivemos.

Assim, para examinarmos a questão do amor - o que é o amor - devemos primeiramente libertar-nos das incrustações dos séculos, lançar fora todos os ideais e ideologias sobre o que ele deve ou não deve ser. Dividir qualquer coisa em o que deveria ser e o que é, é a maneira mais ilusória de enfrentar a vida.

Ora, como iremos saber o que é essa chama que denominamos amor - não a maneira de expressá-lo a outrem, porém o que ele próprio significa? Em primeiro lugar, rejeitarei tudo o que a Igreja, a sociedade, meus pais e amigos, todas as pessoas e todos os livros disseram a seu respeito, porque desejo descobrir por mim mesmo o que ele é. Eis um problema imenso, que interessa a toda a humanidade; há milhares de maneiras de defini-lo e eu próprio me vejo todo enredado neste ou naquele padrão, conforme a coisa que, no momento, me dá gosto ou prazer. Por conseguinte, para compreender o amor, não devo em primeiro lugar libertar-me de minhas inclinações e preconceitos? Vejo-me confuso, dilacerado pelos meus próprios desejos e, assim, digo entre mim: "Primeiro, dissipa a tua confusão. Talvez tenhas possibilidade de descobrir o que é o amor através do que ele não é".

O governo ordena: "Vai e mata, por amor à pátria!" Isso é amor? A religião preceitua: "Abandona o sexo, pelo amor de Deus". Isso é amor? O amor é desejo? Não digais que não. Para a maioria de nós, é; desejo acompanhado de prazer, prazer derivado dos sentidos, pelo apego e o preenchimento sexual. Não sou contrário ao sexo, mas vede o que ele implica. O que o sexo vos dá momentaneamente é o total abandono de vós mesmo, mas, depois, voltais à vossa agitação; por conseguinte, desejais a constante repetição desse estado livre de preocupação, de problema, do "eu". Dizeis que amais vossa esposa. Nesse amor está implicado o prazer sexual, o prazer de terdes uma pessoa em casa para cuidar dos filhos e cozinhar. Dependeis dela; ela vos deu o seu corpo, suas emoções, seus incentivos, um certo sentimento de segurança e bem--estar. Um dia, ela vos abandona; aborrece-se ou foge com outro homem, e eis destruído todo o vosso equilíbrio emocional; essa perturbação, de que não gostais, chama-se ciúme. Nele existe sofrimento, ansiedade, ódio e violência. Por conseguinte, o que realmente estais dizendo é: "Enquanto me pertences, eu te amo; mas, tão logo deixes de pertencer-me, começo a odiar-te. Enquanto posso contar contigo para satisfação de minhas necessidades sociais e outras, amo-te, mas, tão logo deixes de atender a minhas necessidades, não gosto mais de ti". Há, pois, antagonismo entre ambos, há separação, e quando vos sentis separados um do outro, não há amor. Mas, se puderdes viver com vossa esposa sem que o pensamento crie todos esses estados contraditórios, essas intermináveis contendas dentro de vós mesmo, talvez então - talvez - sabereis o que é o amor. Sereis então completamente livre, e ela também; ao passo que, se dela dependeis para os vossos prazeres, sois seu escravo. Portanto, quando uma pessoa ama, deve haver liberdade - a pessoa deve estar livre, não só da outra, mas também de si própria.

No estado de pertencer a outro, de ser psicologicamente nutrido por outro, de outro depender - em tudo isso existe sempre, necessariamente, a ansiedade, o medo, o ciúme, a culpa, e enquanto existe medo, não existe amor. A mente que se acha nas garras do sofrimento jamais conhecerá o amor; o sentimentalismo e a emotividade nada, absolutamente nada, têm que ver com o amor. Por conseguinte, o amor nada tem em comum com o prazer e o desejo.

O amor não é produto do pensamento, que é o passado. O pensamento não pode de modo nenhum cultivar o amor. O amor não se deixa cercar e enredar pelo ciúme; porque o ciúme vem do passado. O amor é sempre o presente ativo. Não é "amarei" ou "amei". Se conheceis o amor, não seguireis ninguém. O amor não obedece. Quando se ama, não há respeito nem desrespeito.

Não sabeis o que significa amar realmente alguém - amar sem ódio, sem ciúme, sem raiva, sem procurar interferir no que o outro faz ou pensa, sem condenar, sem comparar - não sabeis o que isso significa? Quando há amor, há comparação? Quando amais alguém de todo o coração, com toda a vossa mente, todo o vosso corpo, todo o vosso ser, existe comparação? Quando vos abandonais completamente a esse amor, não existe "o outro".

O amor tem responsabilidades e deveres, e emprega tais palavras? Quando fazeis alguma coisa por dever, há nisso amor? No dever não há amor. A estrutura do dever, na qual o ente humano se vê aprisionado, o está destruindo. Enquanto sois obrigado a fazer uma coisa, porque é vosso dever fazê-la, não amais a coisa que estais fazendo. Quando há amor, não há dever nem responsabilidade.

A maioria dos pais, infelizmente, pensa que são responsáveis por seus filhos, e seu senso de responsabilidade toma a forma de preceituar-lhes o que devem fazer e o que não devem fazer, o que devem ser e o que não devem ser. Querem que os filhos conquistem uma posição segura na sociedade. Aquilo a que chamam responsabilidade faz parte daquela respeitabilidade que eles cultivam; e a mim me parece que, onde há respeitabilidade, não existe ordem; só lhes interessa o tornar-se um perfeito burguês. Preparando os filhos para se adaptarem à sociedade, estão perpetuando a guerra, o conflito e a brutalidade. Pode-se chamar a isso zelo e amor?

Zelar, com efeito, é cuidar como se cuida de uma árvore ou de uma planta, regando-a, estudando as suas necessidades, escolhendo o solo mais adequado, tratá-la com carinho e ternura; mas, quando preparais os vossos filhos para se adaptarem à sociedade, os estais preparando para serem mortos. Se amásseis vossos filhos, não haveria guerras.

Quando perdeis alguém que amais, verteis lágrimas; essas lágrimas são por vós mesmo ou pelo morto? Estais pranteando a vós mesmo ou ao outro? Já chorastes por outrem? Já chorastes o vosso filho, morto no campo de batalha? Chorastes, decerto, mas essas lágrimas foram produto da autocompaixão ou chorastes porque um ente humano foi morto? Se chorais por autocompaixão, vossas lágrimas nada significam, porque estais interessado em vós mesmo. Se chorais porque vos foi arrebatada uma pessoa em quem "depositastes" muita afeição, não se trata de uma afeição real. Se chorais a morte de vosso irmão, chorai por ele! É muito fácil chorardes por vós mesmo porque ele partiu. Aparentemente, chorais porque vosso coração foi atingido, mas não foi atingido por causa dele; foi atingido pela autocompaixão, e a autocompaixão vos endurece, vos fecha, vos torna embotado e estúpido.

Quando chorais por vós mesmo, será isso amor? - chorar porque ficastes sozinho, porque perdestes o vosso poder; queixar-vos de vossa triste sina, de vosso ambiente - sempre vós a verter lágrimas. Se compreenderdes esse fato, e isso significa pôr-vos em contato com ele tão diretamente como quando tocais uma árvore ou uma coluna ou uma mão, vereis então que o sofrimento é produto do "eu", o sofrimento é criado pelo pensamento, o sofrimento é produto do tempo. Há três anos eu tinha meu irmão; hoje ele é morto e estou sozinho, desolado, não tenho mais a quem recorrer para ter conforto ou companhia, e isso me traz lágrimas aos olhos.

Podeis ver tudo isso acontecer dentro de vós mesmo, se o observardes. Podeis vê-lo de maneira plena, completa, num relance, sem precisardes do tempo analítico. Podeis ver num momento toda a estrutura e natureza dessa coisa desvaliosa e insignificante, chamada "eu" - minhas lágrimas, minha família, minha nação, minha crença, minha religião - toda essa fealdade está em vós. Quando a virdes com vosso coração, e não com vossa mente, quando a virdes do fundo de vosso coração, tereis então a chave que acabará com o sofrimento.

O sofrimento e o amor não podem coexistir, mas no mundo cristão idealizaram o sofrimento, crucificaram-no para o adorar, dando a entender que ninguém pode escapar ao sofri mento a não ser por aquela única porta; tal é a estrutura de uma sociedade religiosa, exploradora.

Assim, ao perguntardes o que é o amor, podeis ter muito medo de ver a resposta. Ela pode significar uma completa reviravolta; poderá dissolver a família; podeis descobrir que não amais vossa esposa ou marido ou filhos (vós os amais?); podeis ter de demolir a casa que construístes; podeis nunca mais voltar ao templo.

Mas, se desejais continuar a descobrir, vereis que o medo, não é amor, a dependência não é amor, o ciúme não é amor, a posse e o domínio não são amor, responsabilidade e dever não são amor, autocompaixão não é amor, a agonia de não ser amado não é amor, que o amor não é o oposto do ódio, como também a humildade não é o oposto da vaidade. Dessarte, se fordes capaz de eliminar tudo isso, não à força, porém lavando-o assim como a chuva fina lava a poeira de muitos dias depositada numa folha, então, talvez, encontrareis aquela flor peregrina que o homem sempre buscou sequiosamente.

Se não tendes amor - não em pequenas gotas, mas em abundância; se não estais transbordando de amor, o mundo irá ao desastre. Intelectualmente, sabeis que a unidade humana é a coisa essencial e que o amor constitui o único caminho para ela, mas quem pode ensinar-vos a amar? Poderá uma autoridade, um método, um sistema ensinar-vos a amar? Se alguém vo-lo ensina, isso não é amor. Podeis dizer: "Eu me exercitarei para o amor. Sentar-me-ei todos os dias para refletir sobre ele. Exercitar-me-ei para ser bondoso, delicado e me forçarei a ser atencioso com os outros"? - Achais que podeis disciplinar-vos para amar, que podeis exercer a vontade para amar? Quando exerceis a vontade e a disciplina para amar, o amor vos foge pela janela. Pela prática de um certo método ou sistema de amar, podeis tornar-vos muito hábil, ou mais bondoso, ou entrar num estado de não violência, mas nada disso tem algo em comum com o amor.

Neste mundo tão dividido e árido não há amor, porque o prazer e o desejo têm a máxima importância, e, todavia, sem amor, vossa vida diária é sem significação. Também, não podeis ter o amor se não tendes a beleza. A beleza não é uma certa coisa que vedes - não é uma bela árvore, um belo quadro, um belo edifício ou uma bela mulher; só há beleza quando o vosso coração e a vossa mente sabem o que é o amor. Sem o amor e aquele percebimento da beleza, não há virtude, e sabeis muito bem que tudo o que fizerdes - melhorar a sociedade, alimentar os pobres - só criará mais malefício, porque, quando não há amor, só há fealdade e pobreza em vosso coração e vossa mente. Mas, quando há amor e beleza, tudo o que se faz é correto, tudo o que se faz é ordem. Se sabeis amar, podeis fazer o que desejardes, porque o amor resolverá todos os outros problemas.

Alcançamos, assim, este ponto: Poderá a mente encontrar o amor sem precisar de disciplina, de pensamento, de coerção, de nenhum livro, instrutor ou guia - encontrá-lo assim como se encontra um belo pôr-de-sol?

Uma coisa me parece absolutamente necessária: a paixão sem motivo, a paixão não resultante de compromisso ou ajustamento, a paixão que não é lascívia. O homem que não sabe o que é paixão, jamais conhecerá o amor, porque o amor só pode existir quando a pessoa se desprende totalmente de si própria.

A mente que busca não é uma mente apaixonada, e não buscar o amor é a única maneira de encontrá-lo; encontrá-lo inesperadamente e não como resultado de qualquer esforço ou experiência. Esse amor, como vereis, não é do tempo; ele é tanto pessoal como impessoal, tanto um só como multidão. Como uma flor perfumosa, podeis aspirar-lhe o perfume, ou passar por ele sem o notardes. Aquela flor é para todos e para aquele que se curva para aspirá-la profundamente e olhá-la com deleite. Quer estejamos muito perto, no jardim, quer muito longe, isso é indiferente à flor, porque ela está cheia de seu perfume e pronta a reparti-lo com todos.

O amor é uma coisa nova, fresca, viva. Não tem ontem nem amanhã. Está além da confusão do pensamento. Só a mente inocente sabe o que é o amor, e a mente inocente pode viver no mundo não inocente. Só é possível encontrá-la, essa coisa maravilhosa que o homem sempre buscou sequiosamente por meio de sacrifícios, de adoração, das relações, do sexo, de toda espécie de prazer e de dor, só é possível encontrá-la quando o pensamento, alcançando a compreensão de si próprio, termina naturalmente. O amor não conhece oposto, não conhece conflito.

Podeis perguntar: "Se encontro esse amor, que será de minha mulher, de minha família? Eles precisam de segurança". Fazendo essa pergunta, mostrais que nunca estivestes fora do campo do pensamento, fora do campo da consciência. Quando tiverdes alguma vez estado fora desse campo, nunca fareis uma tal pergunta, porque sabereis o que é o amor em que não há pensamento e, por conseguinte, não há o tempo. Podeis ler tudo isto hipnotizado e encantado, mas ultrapassar realmente o pensamento e o tempo - o que significa transcender o sofrimento - é estar cônscio de uma dimensão diferente, chamada "amor".

Mas, não sabeis como chegar-vos a essa fonte maravilhosa e, assim, que fazeis? Quando não sabeis o que fazer, nada fazeis, não é verdade? Nada, absolutamente. Então, interiormente, estais completamente em silêncio. Compreendeis o que isso significa? Significa que não estais buscando, nem desejando, nem perseguindo; não existe centro nenhum. Há, então, o amor.

Krishnamurti - Do livro: Liberte-se do Passado - Ed. Cultrix - Páginas 71 a 78

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

PENSAMENTOS DA MADRUGADA...


CONFESSO, ADMITO, NÃO NEGO... EU SOU MULHER!!!

Confesso, não posso mais negar, tentei esconder, enrustir, iludir, mas em certas situações é irritantemente evidente então por fim declaro:

EU SOU MULHER!
Acreditem, sempre me surpreendo nestes momentos femininos, fragil, sensivel, até fútil, aparentemente apaixonada, possivelmente entregue, cheia de adjetivos, repleta de dúvidas, insegura até, ciumenta talvez, possessiva certamente, pegajosa já seria um exagero, dramatica só se for pra fazer comedia ou charme, depende da sua altivez...

Mas não se engane, mesmo nos meus momentos mais M-u-l-h-e-r, ainda me orgulho de ser muito macho, posso até deixar me pegar pela cintura e falar no meu ouvido, algumas destas mentiras sinceras que toda mulher adora, pode pensar que me engana, pode pensar que me ama, pode achar que me tem nas mãos, pode achar que ganhou meu coração, não se engane ou me engane se for capaz, sinceramente ainda espero pelo dia que alguem irá me surpreender de fato e me enganar, me fazer de boba sem eu nem perceber, que irá explorar toda minha feminilidade, me deixar encantada, retardada, bem abestalhada mesmo, sonhando acordada e fazendo planos...

Mas enquanto isso, me orgulho em dizer que: "Sou mulher com alto nivel de testosterona", mas um sexto sentido quase sobrenatural, confesso que por vezes balanço, finjo que me entrego, não nego, mas sofrer já é pedir d+, não existe fora de cafageste que seja tão devastador, que um belo vestido e maquiagem, acompanhado de belas unhas vermelhas não resolvam em poucos minutos.

Confesso vai, as vezes choro, mas prefiro pensar que não são lagrimas e sim emoção transbordando de um coração que embora não pareça é de carne, choro lembra tristeza, sofrimento,lamentação, emoção transbordando,lembra vida, alegria, adrenalina, satisfação, tesão, sofrimento é prazo longo, juro caro, fardo pesado, já emoção é adrenalina, sair da rotina, sair na surdina, voltar a ser menina, são momentos unicos e especiais, intensos até a ultima gota, sou a favor das lagrimas momentaneas, chorar 5 minutinhos e seguir em frente é revigorante eu diria até sexy e instigante, fico mais interessante depois destes momentos, meus olhos brilham mais e meu corpo inspira e respira o amor... Minhas ideias estão confusas, porque já é tarde, o texto está ruim, mas vou publicar mesmo assim, ao menos vou poder ler e dar risada amanhã pela manhã ou daqui um tempo quando por acaso parar pra ler...

VAI CONFESSO NO FUNDO MAS BEM LÁ NO FUNDO MESMO SOU DE FATO MULHER EM MUITOS MOMENTOS E ATÉ GOSTO!

(mas não espalha que pega mal)

TEMPO DE MUDANÇA...


É chegado enfim o tempo da mudança, mudar as vezes é dificil, mas nunca impossivel, mudamos a roupa, mudamos de emprego, mudamos de casa, de escola, de bairoo de cidade, podemos mudar de país, de namorado, de marido, mudamos até de assunto, de gosto, de rosto, de corpo, mas será que em meio a tantas mudanças que atravessamos todos os dias, em algum momento conseguimos de fato mudar realmente algo dentro de nós???

O que de melhor temos nós a oferecer ao mundo?
Qual o melhor que podemos fazer enquanto estamos aqui?
Quais os sentimentos que vale a pena preservar?
Culpa, inveja, mentira, preconceito onde iremos chegar cultivando estes sentimentos?

É chegado enfim o tempo da mudança, deixe a mudança acontecer em você,
viva, grite, sinta a brisa do mar bater no seu rosto,
ande descalça na praia, molhe-se, entregue-se a beleza da natureza,
sinta a força dela agindo em você, seja ridícula,
os melhores momentos e mais felizes de que tenho lembrança foram aqueles em que fui totalmente ridícula, em que dancei no meio da rua feito criança, em que abri os braços e ofereci meus abraços grátis no meio do shopping a estranhos, em que dancei na calçada, sentei no meio fio do estacionamento, beijei, sorri, senti, vivi...

Não tenha medo de mudar de comportamento, de casa de estado de país, o único medo que tenho é de mudar o que sou, minha essência, minha magia, minha alegria de viver...

Enfim é chegado o tempo da Mudança e descobri que mudo até o mundo se eu quiser, só preciso fazer umas ligações e chamar alguns amigos...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

E agora? Hoje é sexta!!!

Pois é e agora hoje é sexta... nossa que pânico, mais um final de semana, ou "O FINAL DE SEMANA", como saber? sabendo oras, eu sei que será "O FINAL DE SEMANA", porque é assim que quero que seja, sei que vou te ver, está tudo planejado e arquitetado na minha cabeça, não você não me avisou que estaria aqui, mas eu sinto, sinto quando você está por perto, sinto sua presença, poderia ter ido pra longe, poderia estar muito longe daqui, assim não correria o risco de te encontrar, mas resolvi que vou encarar, quero te ver, não importa, não vai me ferir, não vai me magoar, quero apenas te ver, mais uma vez, não como das outras, talvez a última, talvez a primeira vez que vou de fato te ver, que você irá de fato me enxergar, saber o que ficou pra trás, os sonhos que tive, esperava de fato que você viesse me procurar, afinal foram tantos acontecimentos, afinal já tem tanto tempo, afinal você dizia que me amava, afinal dentro de mim ainda sinto que o que me afasta de qualquer outro é algo dentro de mim que diz que um dia você ainda irá aparecer, como naquele sonho, ilusão talvez, mas não adianta ninguém me faz feliz como você me fez, de uma forma totalmente louca, sem nenhuma razão, você dominou meu coração de tal maneira que só sobrou espaço para hospedes passageiros, viajantes que precisam de um lugar agradável pra estar por algumas noites, mas nunca uma morada definitiva, porque sua presença é tão forte que incomoda qualquer um que deseje ocupar este lugar...

"Procurei me manter afastado mas você me conhece faço tudo errado, tudo errado"
Charlie Brow Jr.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Versos em melodia...

Faço dos versos melodia
que aquece minha alma fria
em uma quarta-feira sombria
tudo em mim vira poesia
 
um raio de sol brotaria
um compasso criaria
uma flor germinaria
 
notas ao vento jogaria
em teus braços sonharia
doces beijos eu daria
 
fazendo teu coração de bateria
junto ao meu em sintonia
criando uma sinergia
no compasso da melodia
 
Nesta manhã tão fria
Ah! Como eu queria!!!
 
Morgana Fernandes - 23/09/2009

Carinhoso

Toquinho

Composição: Pixinguinha / João de Barro

Meu coração
Não sei porque
Bate feliz, quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim, foges de mim

Ah, se tu soubesses
Como sou tão carinhoso
E muito e muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim

Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor
Dos lábios meus
À procura dos teus
Vem matar esta paixão
Que me devora o coração
E só assim então
Serei feliz, bem feliz

Uma vontade de falar de AMOR...

Hoje me bateu uma vontade,
uma vontade louca de falar de amor,
uma vontade louca de sentir o amor
de viver
de sonhar
de cantar
de tocar
de cheirar
de beijar
e por fim hoje me deu uma vontade louca de libertar o amor,
deixa-lo assim livre, leve  e solto
compartilhar esse amor bonito
esse amor gostoso
esse amor que é meu e de mais ninguém
esse amor que é nosso, que é vosso
descobri que minha paixão é amar
amo os que em mim o fazem despertar
amo os que deixam o amor entrar
amo simplesmente o gesto de amar
e assim mesmo sem revisar
este amor vou aqui compartilhar...
 
Morgana Fernandes - 23/09/2009
 
E nesse clima de amor deixo uma música de Chico Buarque... dispensa maiores comentários!
 
Chico Buarque
 
O que será (à flor da pele)

O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita

O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite

O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Sonha comigo???

Quero viver em um Oasis, um lugar onde sempre haja sol, onde eu possa acordar todos os dias ouvindo o canto dos pássaros, com o barulho do mar compondo a melodia, quero viver em um lugar que ao entardecer eu sempre possa ver o sol se por no horizonte, e que a cada amanhecer virando de costas eu o veja nascer no mar, nascendo junto com ele um novo dia cheio de oportunidades, quero uma cabana de madeira, que da janela do meu quarto ao acordar pela manhã eu possa avistar minha plantação de ipês amarelos e pra completar a paisagem, muitas rosas, rosas naturais de todas as cores, algumas orquídeas, enfeitando o tronco das arvores, e mais uma colméia e muitos pássaros, esquilos, castores, animais de todas as espécies, um banco de madeira à sombra de um eucalipto onde eu possa sentar e contar minhas historias ao calor de uma fogueira que aqueça as possíveis noites frias, e iluminando um escuro quase que total, quero ter um lustre de estrelas brilhando sob minha cabeça e se confundindo com o clarão do fogo a iluminar minha face, e em meio a esse silêncio quase que total ouvir a voz da natureza me chamando pelo nome através das vozes da noite, do barulho da fogueira do quebrar das ondas, por fim quero estar em paz com ela, quero senti-la e sentir que junto a ela mora a verdadeira felicidade, quero sentir a terra, quero deixar a chuva molhar meu corpo, quero deitar na areia da praia e sentir a chuva beijar minha boca e desfrutar todo o deleite do sabor doce deste beijo, renovar minhas forças todas as manhãs ao mergulhar no mar, sentir a força das ondas quebrando sob meu corpo, quero deixar a onda me levar, não quero lutar contra, quero ao mergulhar ter instantes de inércia, me sentir parte do mar e depois ressurgir para a vida, quero deitar na minha rede da varanda, quero que todas as noites sejam de lua cheia para que todas as noites eu sinta as transformações dela em meu corpo, mudando o que sou, como penso e o que sinto, quero sentir a força da natureza agindo em meu corpo, curando minha alma, acalentando meu coração, quero acordar todos os dias e poder ver meus filhos correndo livres pelo quintal, sem cercas, sem grades, sem culpa e sem medo, e assim então sentindo a natureza em todas as suas formas, quero cuidar dela como ela cuida de mim, quero retribuir mesmo que de maneira ínfima todo o prazer que a ela em toda sua plenitude me proporciona, quero por fim deitar nas pedras da encosta e em silencio ouvir apenas o barulho do mar batendo nas pedras fazendo compasso com as batidas de meu coração, quero fechar os olhos e num instante mágico sentir a brisa do mar bagunçando meus cabelos e enfim envolta de toda essa magia adormecer, e ao acordar quero ter a certeza de que um dia nada disso será apenas sonho, quero acordar e ter a certeza de que ajudei a cuidar e transformar o lugar que vivo no mundo que sempre sonhei e no sorriso de cada criança quero ter a certeza de que vive ali a esperança de que esse Oásis não existe apenas nos meus sonhos, quero fazer com que todos compartilhem deste mesmo sonho e sinta ele presente cada vez que ouvir um pássaro cantar, uma rosa desabrochar, uma gaivota voar, um novo dia recomeçar...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Saudades...


Porque tem que ser assim
Eu longe de você,
E você dentro de Mim...

Porque tem que ser assim,
Eu tão perto de você,
E você foge de Mim...

Porque tem que ser assim
Eu olho pra você,
e no fundo só vejo a Mim...

Porque tem que ser assim
Quero estar com você,
E isto não tem mais Fim...

Porque tem que ser assim
Tentei fazer diferente,
Tentei amar novamente,
Até perceber finalmente
Que não vivo mais em você,
Mas só você vive em Mim...

Morgana Fernandes - 23/07/2009 - 14:39

terça-feira, 16 de junho de 2009

Cronica de Martha Medeiros... Hospede-se

Geralmente tenho publicado apenas textos meus no blog, porém ao ler este texto da Martha Medeiros, pensei que ele traduz de forma tão concreta o que penso e como sempre, a Martha escreveu de forma tão inteligente que com certeza nem eu mesma conseguiria explicar minha posição a respeito do que sinto com relação a ter um lugar bom pra se viver dentro de nós mesmos...

 

Confesso que ainda hoje algumas vezes realmente não me considero um bom lugar pra se viver, tem momentos onde nem eu mesma me agüento me acho insuportável, intolerável, intragável e tudo mais que rimar com isso, tenho plena consciência de que às vezes sou assim, tanto que eu mesma tenho vontade de me exorcizar, mas são momentos de insegurança boba, que logo passam, já foram de fato mais longos há algum tempo, porém hoje em dia os mantenho sob controle e vigilância, eu penso que podemos escolher sempre e em qualquer situação, por qual estrada seguir, e não se trata de "caminho certo" e "caminho errado" "curto ou longo" mas pura e simplesmente do caminho que escolhemos, desde o momento em que comecei a pensar desta forma, minha vida tornou-se mais leve, mais pratica e menos dramática, ainda sou meio dramática é verdade, gosto disso as vezes e confesso até que preciso de um pouco de drama, mas essa é uma escolha minha, porém aprendi a não ser vitima de nada e principalmente a enxergar de maneira clara e realista o lado bom de tudo que me acontece, ou melhor prefiro encarar que vejo o lado de bom de tudo que deixo que aconteça na minha vida, somos aquilo que plantamos se queremos ter um jardim dentro de nós, temos que cuidar dele, rega-lo com sorrisos, alegria, e muito bom humor, se queremos que os outros gostem de nossa cia precisamos em primeiro lugar, ser boa cia para nós mesmos, com certeza agindo assim penso que construo meu próprio Éden, meu próprio Oásis e deixar ou não alguém desfrutar dele ou se quer saber da existência dele, é só mais uma escolha minha, o importante é cultiva-lo de maneira que seja sempre o melhor lugar para abrigar o hóspede mais importante EU...

 

Agora deixo aqui nada menos que Martha Medeiros para seu total deleite...

  • Um lugar para se viver

    A Maria Rezende é uma poeta carioca que recentemente lançou um livro encantador chamado Bendita Palavra, onde, entre tantos versos, fui surpreendida por este: dentro de mim não é mais um bom lugar para se viver.

    Semana passada eu decretei que o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço. Mas o abraço é um refúgio externo. O que fazer quando dentro de nós, esse lugar privativo, deixa de ser um bom lugar para se estar?

    O verso da Maria Rezende reflete uma necessidade de se exorcizar, o pânico de não detectar dentro de si um abrigo, uma quentura, um espaço aprazível onde caibam todos os nossos fantasmas. A voz que fala através da poeta tem vontade de expulsar-se de si própria, já não reconhece um sol interno – isso sou eu que estou interpretando, Maria fala mais bonito: "teve um tempo em que esse dentro parecia com o fora/ era um ótimo lugar pra uma moça como eu era".

    Aí a personagem do poema virou uma moça diferente, hospedou em si uma criatura arrebentada, ferida, e danou-se, agora ela não é mais um bom lugar para se viver.

    Explica tanta coisa, esse sentimento.

    Explica a gente não conseguir se relacionar bem com os outros, explica autoflagelo, explica engordar ou emagrecer além do razoável, explica suicídio, explica a sensação de ser um estrangeiro até para si próprio. Como lidar com esse despatriamento, para onde levar nossa mochila, nossa bagagem, nosso "eu mesmo" pra se instalar em outro corpo? Nascer de novo não dá.

    Ou até dá. Até dá.

    De vez em quando é necessário se perguntar se dentro de nós é um bom lugar para se viver. Depois de ler a poeta carioca, eu tenho me perguntado. E a resposta, sem nenhum ranço pseudointelectual, sem nenhuma espécie de autoaversão, ou seja, da forma mais simplória, é que sim, eu sou um bom lugar para se viver.

    Dentro de mim há pensamentos demais, o que torna tudo meio caótico, mas tenho tentado dar uma arrumada nessas ideias e manter cada uma em sua gaveta. Há também sentimentos variados, mas de forma alguma vou expulsá-los, deixo que circulem à vontade por esse meu corpo que lhes serve de ringue, já que eles às vezes brigam uns com os outros.

    Dentro de mim é sempre verão e toca música o tempo inteiro, e mantenho uma satisfação secreta que precisa se manter secreta para não passar por boba. Há crianças e adultos dentro de mim, todos da mesma idade. Aqui dentro existe uma praia e uma montanha coladas uma na outra, parece até Rio de Janeiro, só que os tiroteios são feitos com bala de festim. Dentro de mim estão muitas lágrimas que não foram choradas para fora e muitos sorrisos que, de tão íntimos, também guardei. Dentro de mim são produzidas algumas cenas sofisticadas e também roteiros de filme B. Um universo movimentado e contraditório: como não gostar de viver aqui dentro?

    E você, tem sido um bom hospedeiro de si mesmo?

  • Martha Medeiros (cronica publicada no jornal Zero Hora de 14/06/2009)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Manual da Morgana... A Sra. Imperfeita!!!



Apresentando a Sra. Imperfeita...
Venho aqui pra te dizer, nada de errado há com você a não ser o fato de insistir com essa história de me amar, adoro com você conversar, seu jeito tímido de falar, e até seu jeito de me olhar...

Mas sabe, preciso argumentar, será que me conhece, pra se apaixonar? Acho que você deveria parar e pensar, antes de seguir em frente e tentar, esse jogo iniciar pra tentar me conquistar...

Em resumo pra começar, alguns motivos vou te dar, sou assim meio, embora, "meio" maluca, um milhão de amigos, meio muito metida, meio independente ao extremo, mas ao mesmo tempo clamo por alguém que cuide de mim e puxe minhas orelhas quando passo dos limites, limites o que é isso?
Ta ai algo complicado pra mim, tenho certa dificuldade pra definir o significado desta palavra e o uso então... Sem limites, sem noção, sem rumo, sem direção, sem prumo e sem razão, uma tempestade, um furacão, duas semanas de paixão, meia hora de aflição, cinco minutos de solidão, pensa bem, já fui casada, ex-marido, dois filhos, só dois finais de semana livres por mês, trabalho feito louca, perfeccionista, exigente, viajo muito a trabalho, amo pegar a estrada, saio sem saber muito bem a direção, às vezes quero silêncio e solidão, cercada por meus livros, fotos, filmes, textos e músicas, outras quero muito barulho e agitação envolta de meus amigos, inimigos, conhecidos, desconhecidos de qualquer um enfim, vivo remoendo o passado, e parece que algumas coisas nunca terão um fim, não admito que falem mal daqueles que gosto, nem daqueles que desgosto a única coisa que não consigo guardar é raiva de nada nem ninguém a menos que essa pessoa seja muito desonesta comigo ou me julgue desonesta, mas mesmo assim apenas ignoro, meu coração é mole, aceito qualquer desafio, me divirto até em velório, sem ofensas por mais isso pareça contraditório, falo pelos cotovelos, não me rendo à muitos apelos, escrevo compulsivamente, deprimo instantaneamente, em alguns momentos demonstro uma felicidade exagerada que chega ser irritante sem nenhum motivo igualmente, não gosto que me interrompam quando estou vendo um filme, lendo um livro ou cantando (canto mal, não importa, se não vai cantar junto não deboche), danço a noite inteira, até os pés não aguentarem, ou melhor os pés não aguentam mas eu só paro de dançar quando a musica parar e as vezes ainda não contente volto para o carro cantando e dançando no meio da rua tal como uma demente, até chegar em casa e na cama desmaiar , adoro final de festa, varrer salão pra mim é a melhor diversão, vergonha de mim não sinta isso sim, muito me irrita, não tente me dar ordens, me peça do jeito certo e sempre me terá por perto, faça por merecer e nem terá que dizer, serei o que você sonhar, antes mesmo da noite chegar, amo incondicionalmente meus pais e meus irmãos, por mais cruéis que sejam ocasionalmente, tenho a certeza que a mim amam também, dou a vida pelos meus filhos e o sangue pelas minhas verdades, sou teimosa, vaidosa, pretensiosa, tendenciosa, as vezes até gostosa, só não diga invejosa ou mentirosa, nunca decido o que comer, onde jantar, nem em que mesa sentar, nem o que fazer, tão pouco que filme assistir, as vezes nem pra onde ir, já ando muito sozinha, as vezes gosto de alguém pra seguir, troco de musica compulsivamente até encontrar aquela que alto vou cantar (já falei que canto mal, muito alto e muito mal?), mas canto sem me importar com quem talvez possa estar de longe ou perto a reparar, canto pelo simples prazer de cantar e quanto aos outros deixo que falem o que tiverem que falar, louco é quem tem medo de arriscar, mas o que não consigo suportar, e que sempre vai me irritar, é que meu radio venham desligar...

Sou de fases como a lua, tem dias que tudo que mais quero é um namorado pra ficar deitado o final de semana inteiro ao meu lado, vendo filme e comendo porcaria, sim tenha certeza, eu adoraria, mas rápido entendo que não é hora pra sonhar, quando a realidade meu nome fica gritar e é claro que na cama a chorar, não vou me torturar e como uma mulher com isso não deve se abalar, saio (de repente), danço (descontroladamente), bebo (demasiadamente), dou risada (compulsivamente), e as vezes confesso beijo (loucamente) levo séculos pra assumir alguém publicamente, na verdade o faço raramente, permitir que invadam meu espaço, parece incoerente...

 Às vezes tenho que levar clientes pra jantar, um chopp pra tomar ou apenas negociar (muitos homens chegam a deletar a possibilidade de comigo ficar, só de por um instante pensar que no lugar de com eles a namorar, com um desconhecido terei que passar, muito tempo a papear, machistas ficam a falar "ele só quer te pegar"), gosto de ser surpreendida, não gosto de ser repreendida, me faça perder o fôlego, consiga me emudecer e quem sabe irás me ter, mas grite comigo e verás minha pior face, depois eu choro, muitas vezes apenas sento no chão e choro, de uma maneira meio inexplicável desço da pose de MULHER inabalável, e me rendo a essa natureza frágil, porém não esperes assistir, a esta cena deplorável, confesso as vezes eu grito, sei que é feio mas afinal não pode ser tão mal, estou falando da Sra. Imperfeita, perfeição impossível esperar de tal sujeita, as vezes preciso de alguém que discorde de mim, me segure pelos braços e seja meu querubim, depois me mostre a realidade, ou alguém que as vezes apenas concorde, ou com palavras me acorde, desse mundo de magia, dessa louca fantasia, de tanta anarquia, que habita em mim... quero alguém que por vezes se cale e esteja a meu lado, que com um ou outro afago, elimine este gosto amargo... Tenho cérebro masculino, as vezes gosto de meninos, porém minha intuição é feminina, e meu caminho ilumina, escondendo minha timidez de menina, posso ser uma namorada das piores e uma amante das melhores, meio santa, meio profana, meio que encanta, meio que engana, ou então por assim dizer, a seu gosto pode escolher, apenas faça por merecer, mas te conto um segredo, a certo ponto não tenhas medo, afague minha nuca, me fale ao pé do ouvido, me arranque algum gemido ... E mesmo sem chegar no fim, concluo que sou assim essa metamorfose ambulante, essa Mulher inconstante, essa menina errante...

Sou Mulher e sou Menina, sou de casa e sou da rua... Mas fala agora, não recua se ainda queres me chamar de SUA???

Ufaaaaa...

E depois de tanto falar, preciso finalizar, e essa conversa encurtar, que te enganei não vá falar, to tentando te alertar, mas se nada adiantar, e depois de tudo que acabo de relatar, ainda quiser se aproximar, pois bem vou me entregar, certa que um dia irás me amar, sendo assim pode me ligar...

Mas... Novamente hei de ressaltar, muito não vá se demorar, nem por acaso chegue à pensar que sentada irá me encontrar por você a esperar!!!
Morgana Fernandes - 27/05/2009

sábado, 23 de maio de 2009

Carta de Despedida...


Carta de Despedida...

Oi minha paixão Proibida… meu sonho bom… meu amado…

Não sei se vou conseguir te ver antes de você partir, nem tão pouco se um dia nossas mãos se entrelaçarão novamente, ou se nossos corpos deitarão juntos na mesma cama, se em teus ouvidos farei juras de amor e desejo, e em teus olhos verei o céu e as estrelas em teu sorriso, não tenho como saber se serei capaz de voar tão alto outra vez, como voava quando ouvia suas juras de amor intermináveis, se meu corpo vai arder de tal maneira a incendiar o seu em nossas caricias, te entregando meu corpo sem malícia, nem ao menos sei se algum dia um outro vai me fazer sentir todas essas coisas incríveis, se conseguirei novamente enxergar a beleza das flores numa manhã de inverno, se o por do sol terá o mesmo brilho e a lua o mesmo fascínio, a chuva o mesmo sabor, acreditei e me atirei sem medo, vergonha ou pudor nesta que pode ser só mais uma história de amor?



Onde ele foi tão intenso, sereno, puro e verdadeiro que não sobrou espaço pra nenhuma dor ou rancor, esse proibido, devasso, insano e imoral que prefiro chamar apenas “amor”, um sentimento desprovido de qualquer culpa, alimentado por um desejo incontrolável de estar perto, de ficar ao lado, um proteger sem ver, um querer sem poder, um sentir sem tocar, um romance sem par, um amor sem amar, um sofrer sem viver, tenha a certeza de que por mais que nunca mais seu rosto eu veja, que suas mãos firmes minha pele macia toquem; que nada mais exista, ao fechar os olhos posso sentir meu peito se abrir, o coração disparar, até então sua boca beijar, e novamente sentirei o toque suave dos seus lábios, o calor delirante de suas mãos, o brilho estonteante dos seus olhos, a luz radiante do seu sorriso, e por este breve instante de silêncio e loucura, de desejo e ternura, de doença e de cura, quase posso sentir seu respirar ofegante, ouvir as batidas do seu coração descompassado e nervoso diante de mim, resta à certeza de que estou condenada a ter você pra sempre do meu lado e sempre distante de mim, tal como a saudade de um sonho bom, uma realidade reprimida, uma paixão não vivida, uma história não resolvida, de um amor sem fim, ao menos pra mim…

Para sempre em meus sonhos…

Sua Paixão proibida…

quarta-feira, 6 de maio de 2009

ENJOY THE SUN WHILE IT LAST...

"Escrevo o que já não mais posso falar,
Disserto o que ninguém consegue ouvir
E você se ler, tome cuidado, leia baixo
Não espalhe aos quatro cantos,

Não sou pra todos,

Em verdade pra alguns poucos,

Sei que qualquer um jamais reconheceria, está que de fato mora em mim..."

Anagrom



Em frente ao computador por horas pensando em como começar este post, que nome dar a este blog, como tornar este espaço interessante, mas depois de muito pensar cheguei a conclusão que o motivo de criar este blog, foi algo muito meu, algo muito particular, desculpem-me mas o blog é pra mim, pra satisfazer uma vontade incontrolável de materializar coisas que vivem somente dentro de mim, sentimentos que transbordam, que não posso mais segurar, então eis que me lembrei da época da escola onde tudo virava poesia, cada insegurança, cada lagrima, cada conquista, sempre escrevi sobre minhas experiências, sobre minha forma de ver o mundo, meus rabiscos traduziram sempre meu intimo mais secreto, meus desejos mais ocultos, bobagens de adolescente, sonhos de menina, hoje dizem que sou mulher e confesso que as vezes sou muito mulher sim, outras muito mais homem que qualquer um que eu conheça, as vezes um pouco criança, sou uma anormalidade, um mix de tudo que se possa imaginar, sou transparente porém interessante, sei que sou incomum, não de beleza incomum mas de atitudes incomuns, pra alguns sou uma aberração pra outros admirável, mas o que realmente importa é que depois de muito tempo, volto a reconhecer a imagem que vejo no espelho, já consigo olhar dentro de meus próprios olhos sem medo, vasculhar meu intimo, invadir minha própria privacidade, por isto voltei a escrever, na verdade este momento de descoberta, amadurecimento e principalmente de novo começo, entendo que mereça ser registrado, não sei se mereça ser lido, mas o melhor de tudo é escrever simplesmente pelo prazer de expressar meus sentimentos e emoções, sem importar muito se alguém irá ler ou não, o total dês-compromisso a total liberdade, essa sim é a melhor recompensa...

O nome do blog foi a frase que ouvi certa vez de um amigo muito especial holandês, que conheci em uma empresa que trabalhei...

"Enjoy the Sun While it Last"...
Aproveite o sol enquanto você pode, respire enquanto está vivo, sorria enquanto for feliz, dance enquanto a musica toca, ou seja, viva, curta sua vida, aproveite-a deguste-a, sinta todos os seus cheiros e seus sabores, fuja das regras algumas vezes, sinta o vento bater no seu rosto, grite até ficar rouco, o mais importante é não ter medo de ser feliz, faça seu show antes que a cortina se feche, veja o pôr-do-sol antes que a noite chegue...

Bom é isto, meu primeiro post... Meu primeiro blog... Minha primeira vez totalmente nua na internet... Aproveitem enquanto podem!!! (risos)