quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Por não estarem mais distraídos (Clarice Lispector)

Por não estarem mais distraídos (Clarice Lispector)

Havia a levíssima embriagues de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que. por admiração. estava com a boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter essa sede era a própria água deles.
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria e peso à levíssima embriagues que era a alegria da sede deles.
Por causa dos carros e pessoas, às vezes, eles se tocavam e, ao toque – a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras – e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração.
Como eles admiravam estarem juntos!
Até que tudo se transformou em não.
Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. E então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas.
Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela, que estava ali no entanto. No entanto, ele que estava ali… tudo errou, e havia a grande poeira das ruas. E quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso.
Tudo só por que tinham prestado atenção, só por que não estavam bastante distraídos.
Só por que, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo por que quiseram dar um nome; por que quiseram ser, eles que eram.
Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios.
Tudo, tudo por não estarem mais distraídos…

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O Raul - Texto de Max Gehringer

O Raul
(Texto de Max Gehringer - CBN)





Durante minha vida profissional, eu topei com algumas figuras cujo sucesso surpreende muita gente.

Figuras sem um vistoso currículo acadêmico, sem um grande diferencial técnico, sem muito networking ou marketing pessoal. Figuras como o Raul.

Eu conheço o Raul desde os tempos da faculdade. Na época, nós tínhamos um colega de classe, o Pena, que era um gênio.

Na hora de fazer um trabalho em grupo, todos nós queríamos cair no grupo do Pena, porque o Pena fazia tudo sozinho.

Ele escolhia o tema, pesquisava os livros, redigia muito bem e ainda desenhava a capa do trabalho - com tinta nanquim.

Já o Raul nem dava palpite. Ficava ali num canto, dizendo que seu papel no grupo era um só, apoiar o Pena.

Qualquer coisa que o Pena precisasse, o Raul já estava providenciando, antes que o Pena concluísse a frase.

Deu no que deu.

O Pena se formou em primeiro lugar na nossa turma. E o resto de nós passou meio na carona do Pena - que, além de nos dar uma colher de chá nos trabalhos, ainda permitia que a gente colasse dele nas provas.

No dia da formatura, o diretor da escola chamou o Pena de 'paradigma do estudante que enobrece esta instituição de ensino'.

E o Raul ali, na terceira fila, só aplaudindo.

Dez anos depois, o Pena era a estrela da área de planejamento de uma multinacional.

Brilhante como sempre, ele fazia admiráveis projeções estratégicas de cinco e dez anos.

E quem era o chefe do Pena? O Raul.

E como é que o Raul tinha conseguido chegar àquela posição? Ninguém na empresa sabia explicar direito.

O Raul vivia repetindo que tinha subordinados melhores do que ele, e ninguém ali parecia discordar de tal afirmação.

Além disso, o Raul continuava a fazer o que fazia na escola, ele apoiava.

Alguém tinha um problema? Era só falar com o Raul que o Raul dava um jeito.

Meu último contato com o Raul foi há um ano. Ele havia sido transferido para Miami, onde fica a sede da empresa.

Quando conversou comigo, o Raul disse que havia ficado surpreso com o convite. Porque, ali na matriz, o mais burrinho já tinha sido astronauta.

E eu perguntei ao Raul qual era a função dele. Pergunta inócua, porque eu já sabia a resposta.

O Raul apoiava. Direcionava daqui, facilitava dali, essas coisas que, na teoria, ninguém precisaria mandar um brasileiro até Miami para fazer.

Foi quando, num evento em São Paulo, eu conheci o Vice-presidente de recursos humanos da empresa do Raul.

E ele me contou que o Raul tinha uma habilidade de valor inestimável:...

ELE ENTENDIA DE GENTE!

Entendia tanto que não se preocupava em ficar à sombra dos próprios subordinados para fazer com que eles se sentissem melhor, e fossem mais produtivos.

E, para me explicar o Raul, o vice-presidente citou Samuel Butler, que eu não sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase ótima: “Qualquer tolo pode pintar um quadro, mas só um gênio consegue vendê-lo".

Essa era a habilidade aparentemente simples que o Raul tinha, de facilitar as relações entre as pessoas.

Perto do Raul, todo comprador normal se sentia um expert e todo pintor comum, um gênio.

Essa era a principal competência dele.

'Há grandes Homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas, o verdadeiro Grande Homem é aquele que faz com que todos se sintam Grandes".

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Eu sou conhecedor de gente e VOCÊ???



Lendo esse texto do Max Gehringer, lembrei muito do que aprendi a respeito de investigação apreciativa com a amada Heloisa Biscaia


Muito mais importante do que ter inúmeros talentos é ter o poder de despertar os talentos existentes nas outras pessoas, enxergar nas pessoas o que existe de melhor nelas e que nem elas mesmas são capazes de perceber, em se tratando de equipes de trabalho eu ousaria dizer que seria mais ou menos como abandonar a pirâmide e os já conhecidos fluxogramas organizacionais e aprender a montar o quebra-cabeça organizacional, de forma que cada um seja conhecedor do lugar onde poderá desenvolver todo seu potencial, na investigação apreciativa aprendemos a ver o luxo no que muitos consideram lixo, embora pareça, este não é um exercício fácil, pois como seres humanos normais que somos, carregamos Pré-Conceitos de todas as formas mas cada dia mais percebo que torna-se fundamental e não apenas no campo social, mas também no mundo corporativo, grandes empresas são formadas por grandes pessoas, capital intelectual é a maior riqueza de qualquer organização e pessoas capazes de ajudar as outras a desenvolverem ao maximo este capital intelectual inerente a cada um, são o pote de ouro no fim do arco-íris de qualquer organização, pois estas jamais deixaram que camelos fiquem enjaulados em um zoológico sendo que foram feitos para o deserto e suas capacidades de nada servem em uma jaula, ou melhor, só atrapalham, penso que não existe sobre a terra ser humano que não seja realmente bom em algo, a diferença em os que alcançam o sucesso e os que ficam a margem, infelizes em empregos onde não podem desenvolver todo seu potencial poderia estar em descobrir o que realmente é capaz de fazer bem e focar nisso, pois, assim como um camelo não tem condições de desenvolver todo seu potencial trancado em uma jaula de zoológico, assim também um bom profissional não poderá utilizar o maximo de sua capacidade se não tiver oportunidade e incentivo para tal, pessoas precisam de outras pessoas e principalmente, precisam de alguém que lhes guie, lhes mostre o caminho, que os ajude a descobrir todo seu potencial, para realizar coisas que nem eles mesmos acreditavam ser capazes e assim sabedores de seu potencial e amparados pelos “Raul’s” descobriram que estão no lugar certo rumo aos sonhos que movem sua vida...

Não existe certo e errado, assim como não existe empresa ruim ou profissional incompetente, tudo é uma questão de “como olhar” e o Raul é o cara que vai ajudar o “incompetente” de hoje a ser o caso de sucesso de amanhã, ocupando uma nova posição, claro!!!

Morgana Fernandes

terça-feira, 2 de agosto de 2011



... e ela estava ali com aqueles olhos de menina inocente, perdidos em um brilho outrora esquecido, mãos entrelaçadas como que procurando abrigo, um leve sorriso com jeito de fruta madura, um beijo suave com gosto de orvalho, uma doçura e sutileza à muito esquecida, frente a frente com a vida, de braços abertos para o amor...

Morgana Fernandes

Amor de Shakespeare... Morgana Fernandes



Reflexões sobre o AMOR... ou simplesmente Momentos Morganóides...

Fazia muito tempo que não lia Shakespeare e ontem a noite de súbito me deu uma vontade irresistível de degustar um pouco deste amor sem limites ou explicação.



Volto a pensar que o amor realmente é algo que não pode, nem deve ser explicado, quando começamos a medir as consequências, quando nos vemos buscando explicações ou formulas exatas, é sinal de que a “PAIXÃO AVASSALADORA”, que julgávamos ser “AMOR”, está começando a virar simples satisfação de uma possível carência ou uma aventura romântica qualquer...

Romeo e Julieta se amavam ao extremo, acima de tudo, incondicionalmente, independente do quanto esse amor transformaria suas vidas, mudaria seus destinos, então as vezes me pergunto:

 “Existe amor assim na vida real?”

Uma resposta óbvia e rápida me vem ao pensamento:

CLARO que existe, basta olhar ao redor, procurar bem e irá encontrar milhares de”Romeos e Julietas” por todos os cantos, pessoas que ainda acreditam no amor verdadeiro, que ainda dão as mãos e seguem juntos, apesar das dificuldades, apesar do mundo dizer o contrário, eles remam contra maré, desafiam o óbvio e fogem da mediocridade, eles não querem ser estatística, não se misturam nem se perdem em meio a multidão de desiludidos que corre o tempo todo atrás de algo que nem eles mesmos conseguem descrever.

Não precisamos morrer por amor como Romeo e Julieta, para viver o amor, mas não podemos nos perder no meio do caminho e esquecer que estamos neste mundo para amar, para viver amores, sejam eles fraternais, passionais, incondicionais ou irreais, precisamos viver por ele, viver através dele, como amor singelo de “Eduardo e Monica”, cantado por Renato Russo, não seriam eles Romeo e Julieta com uma nova cara?

“Quem um dia irá dizer que existe razão, nas coisas feitas pelo coração?”



Não existe razão nenhuma em amar, amar é totalmente irracional, é uma confusão de sentimentos tamanha, que preenche, que envolve, que transforma um ser humano comum em um ser especial, único, o amor nos torna melhores e até mesmo meio burros, uma burrice boa, inteligente é quem se entrega ao amor, faz tolices por causa dele, não tem medo de demonstra-lo, não tem medo de parecer piegas ou irracional.

E tudo isso me fez pensar um pouco o que ainda quero do amor... Já amei tanto e tão incondicionalmente, já chorei horrores, já fui ridícula como qualquer ser apaixonado, já pensei que amava e não amei, já pensei que conseguiria suportar a falta e não suportei, já voltei atrás, mas como diria Roberto Carlos: “Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi...”

Mas desculpe-me o REI, preciso discordar, o importante é que emoções eu VIVO e quero VIVER muitas mais, tantas quantas meu coração possa aguentar e uma certeza eu tenho, ele tem uma capacidade incrível, quanto mais amo, mais amor recebo mais amor quero dar, meu coração é viciado em amar, é uma relação de dependência mesmo, um vicio, por vezes confesso que tão nocivo quanto outros, mas dele não abro mão, sofrer por amor ainda é melhor opção considerando a alternativa viver SEM amor.

Toda relação que envolve entrega comprometimento, RELACIONAMENTO envolve dependência, essa que nós “mulheres modernas” odiamos sentir, que por vezes nos paralisa, nos faz pensar e analisar o que não deve ser analisado, amor é pra sentir, amor é pra doer, amor é pra sangrar e cicatrizar, AMOR É SIMPLESMENTE PARA AMAR...

E como recompensa de tanta confusão, pense se existe coisa melhor do que estar ao lado de alguém que faz todo o resto desaparecer e perder a importância? Quando uma presença te preenche de tal forma que nada mais te faz falta?

“Tudo bem eu sei, não podemos viver de amor, felizes em uma ilha deserta, uma pena... (risos)”

Mas EU ao menos, quero um amor assim, incondicional como Romeo e Julieta, real como Eduardo e Monica, quero flores, quero musica, quero poesia todos os dias recheada de muito carinho, quero luzes apagadas, quero velas pra criar mistério, quero o sonho da Cinderela, quero meu príncipe ou meu Ogro, quero meu cúmplice, meu parceiro, quero o que não tem nome, que não se chama; amante ou marido, namorado ou amigo, quero alguém que me faça ser mais e melhor do que jamais imaginei que poderia. Quero noites em claro conversando e olhando as estrelas, quero alguém pra chamar de MEU...


Ou então sendo bem sincera eu quero apenas o amor de Shakespeare:

“Quero ouvir a cotovia e desejar que seja o rouxinol,

Quero desejar boa noite até que amanheça o dia!!!



 Morgana Fernandes...

Romeo e Julieta - Cena V






Cena V
Uma sacada que dá para os
aposentos de Julieta, sobre o jardim.

JULIETA — Já vai embora? Mas se não está nem perto de amanhecer! Foi o rouxinol, não a cotovia, que penetrou o canal receoso de teu ouvido. Toda a noite ele canta lá na romãzeira. Acredita-me, amor, foi o rouxinol.

ROMEU — Foi a cotovia, arauto da manhã, e não o rouxinol. Olha, amor, as riscas invejosas que tecem um rendado nas nuvens que vão partindo lá para os lados do nascente. As velas noturnas consumiram-se, e o dia, bem-disposto, põe-se nas pontas dos pés sobre os cimos nevoentos dos morros. Devo partir e viver, ou fico para morrer.

JULIETA — Essa luz não é a luz do dia, eu sei que não é, eu sei. É só algum meteoro que se desprendeu do sol, enviado para esta noite portador de tocha a teu dispor, e iluminar-te em teu caminho para Mântua. Portanto, fica ainda, não... precisas partir.

ROMEU — Que me prendam! Que me matem! Se assim o queres, estou de acordo. Digo que aquele acinzentado não é o raiar do dia; antes, é o pálido reflexo da lua. Digo que não é a cotovia que lança notas melodiosas para a abóbada do céu, tão acima de nossas cabeças. Tenho mais ânsia de ficar que vontade de partir. — Vem, morte, e seja bem-vinda! Julieta assim o quer. — Está bem assim, meu coração? Vamos conversar... posto que ainda não é dia!

JULIETA — É dia sim, é dia sim. Corre daqui, vai-te embora de uma vez! É a cotovia que canta assim tão desafinada, forçando irritantes dissonâncias e agudos desagradáveis. Alguns dizem que a cotovia separa as frases melódicas com doçura; não posso acreditar, pois que ela vem agora nos separar. Alguns dizem que a cotovia é o odiável sapo permutam seus olhos; como eu gostaria, agora, que eles também tivessem permutado suas vozes! Essa voz alarma-nos, afastando-nos um dos braços do outro, já que vem te caçar aqui, com o grito que dá início à caçada deste dia. Ah, vai-te agora; ilumina-se mais e mais a manhã.

ROMEU — Ilumina-se mais e mais... enquanto anoitece em nossos corações!
(Entra a Ama.)
AMA — Madame!

JULIETA — Ama?

AMA — A senhora tua mãe vem vindo para os teus aposentos. Amanheceu. Sê prudente, cuida do que acontece à tua volta.
(Sai.)
JULIETA — Então, janela, deixe entrar o dia e deixe fugir a vida.

ROMEU — Adeus, adeus! Um beijo, e eu desço.
(Desce.)
JULIETA — Estás indo embora assim? Meu esposo, meu amor, meu amigo! Preciso ter notícias tuas todo dia, a cada hora, pois num único minuto cabem muitos dias. Ah, por essa contagem estarei velhinha antes de reencontrar o meu Romeu.

ROMEU — Adeus! Não perderei oportunidade em que possa transmitir a ti, amor, meus sentimentos.

JULIETA — Acreditas que nos veremos de novo?

ROMEU — Não duvido nem por um momento. E todas essas aflições servirão de tema para doces conversas em nosso futuro.

JULIETA — Ah, Deus! Como minha alma é agourenta. Penso ver-te, agora que estás aí embaixo, como alguém morto, no fundo de uma tumba. Ou meus olhos estão me enganando ou estás muito pálido.


ROMEU — Acredita-me, amor, enxergo-te igualmente pálida. A tristeza, insensível, nos bebe todo o sangue. Adeus, adeus!
(Sai, abaixo da sacada.)

Romeo e Julieta
~ William Shakespeare ~

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Confesso... Morgana Fernandes

Confesso pra você que ontem eu chorei, que estas lágrimas irrigaram as mágoas que guardei dentro em mim, aquelas escondidas mágoas, amordaçadas fábulas, que eu reprimi...
Confesso que triste e calada desejei cansada, ouvir bem baixinho uma palavra ou um gesto de carinho que viesse de ti...
Confesso que o amor passado, atormentou presente, e por um instante por você sofri...
Confesso meu amor e peço que me deixe agora pra vida sorrir...
Te peço por favor eu peço, que não mais me chames, meu corpo reclames, se amor não ames o que vive em mim...

Morgana Fernandes

Instantes... Morgana Fernandes



E por um instante eu estava ali, frente a frente com o destino que um dia sonhara, de mãos dadas com a vida, abraçada ao amor, e naquele instante de certa forma, mesmo tão perto do que parecia tudo, me senti vazia, como se nada me pertencesse, os sonhos não eram meus, os olhos viam o que não estava ali pra ser visto, não brilhava mais, nada mais sentia e eu fiquei ali envolta em meio a essa certeza de tudo TER, nessa inquietude de nada SER...

Morgana Fernandes

quarta-feira, 27 de julho de 2011

... Miudezas... Ana Jácomo



"...tinha um jeito singular de fechar os olhos quando experimentava emoção bonita, coisa de segundos e coisa imensa. Era como se os olhos quisessem segurar a lindeza do instante um bocadinho, o suficiente para levá-lo até o lugar onde o seu sabor nunca mais poderia ser perdido. Eu via, olhos do coração abertos, e nunca mais perdi de vista o sabor desse detalhe. Porque quem ama vê miudezas com olhar suficiente pra nunca mais se perderem."

Ana Jácomo

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amor - Pablo Neruda!!!



Se sou amado,
 quanto mais amado
 mais correspondo ao amor.

Se sou esquecido,
 devo esquecer também,
 Pois amor é feito espelho:
 -tem que ter reflexo.

 Pablo Neruda

DIA DO AMIGO!!!

Não é porque hoje é dia do amigo, mas pura e simplesmente porque to com uma saudade boa, daquela que faz os olhos brilharem e a mente viajar!!!

Amo meus amigos não pelo tempo que os conheço, ou pelas coisas que já vivemos ou que ainda iremos viver juntos, eu os amo simplesmente por em algum momento terem feito parte da minha história, terem cruzado meu caminho, alguns chegaram de leve, outros foram me atropelando e continuam me atropelando, quando eles chegam tudo é agitação, nada fica no lugar, mas todos encantam meu coração e alimentam minha alma de um jeito diferente e igualmente especial, uns vieram cumpriram seu papel e a vida ou as circunstâncias acabaram por nos afastar, outros seguem comigo e sempre seguirão, não sou a amiga que liga todos os dias, por vezes confesso que deixo que me procurem, mais do que eu mesma os procuro, mas sei que todos eles que verdadeiramente tiveram a oportunidade de me conhecer, tem a certeza de que estarei sempre aqui, quando precisarem e ao menor sinal, com um simples gesto, uma ligação, um olhar, uma lagrima ou um gostoso abraço nossa amizade retoma o ponto inicial e todo o tempo que estivemos afastados deixa de existir, os olhos brilham, o coração bate apertado, as mãos de juntam, as almas se entendem.

Agradeço a Deus por ter amigos que me fazem lembrar "Quem SOU", em momentos em que nem eu lembro mais!!!

Morgana Fernandes - 20/07/2011 - Dia do AMIGO é todo dia!!!

A Amizade

Fundo de Quintal

Composição: Djama Falcão / Bicudo / Cleber Augusto

La laiá, la laiá, la laiá, la laiá
La laiá, la laiá, la laiá, la laiá

Meu amigo
Amigo, hoje a minha inspiração
Se ligou em você
E em forma de samba
Mandou lhe dizer
Tâo outro argumento
Qual nesse nomento
Me faz penetrar
Por toda nossa amizade
Esclarescendo a verdade
Sem medo de agir
Em nossa intimidade
Você vai me ouvir
Foi bem cedo na vida que eu procurei
Encontrar novos rumos num mundo melhor
Com você fique certo que jamais falhei
Pois ganhei muita força tornando maior
A amizade...
Nem mesmo a força do tempo irá destruir
Somos verdade...
Nem mesmo este samba de amor pode nos resumir
Quero chorar o seu choro
Quero sorrir seu sorriso
Valeu por você existir amigo
Quero chorar o seu choro
Quero sorrir seu sorriso
Valeu por você existir amigo