terça-feira, 4 de junho de 2013

..."POR NÃO ESTAREM DISTRAÍDOS"...

“Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios.
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque – a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras – e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos!
Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso.
Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram.
Tudo, tudo por não estarem mais distraídos”.
 Clarice Lispector

Há sempre uma pessoa na sua vida, a qual, não importa o que ela faça com você, você apenas não pode deixá-la ir.

Há muita coisa a dizer, que não sei como dizer...

“Tente o novo todo dia. O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor”.
“… eu romperei todos os nãos que existem dentro de mim, provarei a mim mesma que nada há a temer.”
“Sinto saudades de quem não me despedi direito, das coisas que deixei passar, de quem não tive mas quis muito ter.”
Clarice Lispector

..."FALTA TANTA"...

Falta tanta coisa para sentir o que um dia sentimos. Falta coragem de assumir, coragem de esquecer, coragem de fazer diferente mesmo quando o que se sente continua igual. E hoje, ao pensar no que escrever eu só consigo me lembrar de uma frase: “Te amo tanto, tanto, tanto que te deixo em paz.” Não vou cobrar nada porque já fomos longe demais. E no fundo eu só quero que você aguarde um pouco mais. Que o tempo nos permita alguns reencontros sem culpas porque é bom sentir sempre mais uma vez. Porque mesmo a gente voltando para outros abraços só o nosso valerá a pena. Porque, quando você está com medo da vida, é na minha mania de rir de tudo que você encontra forças. E, quando você está rindo de tudo, é na minha neurose que encontra um pouco de chão. E, quando precisa se sentir especial e amado, é pra mim que você liga. E, quando está longe de casa gosta de ouvir minha voz pra se sentir perto de você. E, quando pensa em alguém em algum momento de solidão, é em mim que você pensa. Eu sei de tudo. E eu passei os últimos anos escrevendo sobre como você era especial e como eu te amava e isso e aquilo. Mas chega disso.
 Tati Bernadi

Conta Pra MIM...


...”Só queria saber o que de tão especial você tem,
que me prende à você?
Seja justo, agora que você se entregou a um outro Alguém,
Me conta esse seu segredo, pra que sem medo
Eu possa tentar encontrar um outro Também,
Me ajuda a encontrar qualquer explicação,
Pra esse sentimento sem nome nem definição
Que faz de você, o único a tocar de fato meu coração”...

Morgana Fernandes

...“Você nunca sabe a força que tem,

até que a sua única alternativa é ser forte”...

 

 

"Um dia a gente aprende a conviver com uns…

…e a sobreviver sem outros"...

 

A vida é bem como uma música. No começo, há mistério, e no final confirmação, mas é no meio que reside a emoção e faz com que a coisa toda valha a pena.”

segunda-feira, 3 de junho de 2013

 

...”O POEMA, ESSA ESTRANHA MÁSCARA MAIS VERDADEIRA QUE A PRÓPRIA FACE”...

 

Mário Quintana (1906-1994) poeta, cronista e tradutor gaúcho