quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Amor em Palavras...

"Escrevendo eu consigo mostrar-me verdadeiramente, demonstrando tudo que habita em meu coração."

Foi a forma que encontrei de transparecer tudo que sinto, que penso, que vivo, todo amorque tenho pra dar.
Amor que muitas vezes seja por falta de oportunidade, tempo, ou porque não dizer coragem

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

VIVOASIS... CUIDAR DE QUEM CUIDA DA GENTE...

Deveríamos pensar na nossa relação com o mundo, como se fosse um casamento, pra relação dar certo a reciprocidade e respeito mutuo, deve estar presentes em todos os momentos.

 

Dê amor e receberá amor, cuide do seu jardim  e este lhe encantará com o perfume e a beleza de suas flores.

 

Cuide de quem cuida de você, proteja as arvores que te dão o ar pra respirar, as estrelas que te fazem sonhar, essa é a chave da felicidade, este é o verdadeiro mapa da mina, a chave para fazer deste, o mundo que sonhamos, está na verdade em mudar a relação que as pessoas têm com o mundo em que vive.

 

Despertá-las para o fato de todo o cuidado e carinho que a natureza lhes oferece despretensiosamente, e que mesmo que ela, assim como o amor verdadeiro, não peça nada em troca o mínimo que podemos fazer é cuidar dela, ama-la e preserva-la, para que ela possa continuar cuidando da gente...

 

Do contrario ficaremos órfãos da nossa querida mãe natureza e todo resto perderá o sentido e a razão...

 

Vamos despertar um novo olhar para a forma como nos relacionamos com o mundo e com as pessoas que nele vivem... Isso é ser OASIANO DE CORPO, ALMA E CORAÇÃO... VIVOASIS...

 

Morgana Fernandes (oasiana de corpo, alma e coração)

 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Cristal Partido...

FANTASIEI 1 ANO

Falando de amor...

Quando penso em você, meu rosto se ilumina tal como uma explosão cósmica, irradiando luz e alterando o sentido de todas as coisas... Morgana Fernandes

De Repente...




 

De Repente voltou a fazer sentido;

De Repente todo medo e angustia se foram;

De Repente meus olhos reaveram o brilho;

De Repente seu rosto, me despertou um antigo gosto;

De Repente suas mãos encontraram o caminho;

De repente nossos olhos procuraram o mesmo destino;

E nossas mãos tão de repente se cruzaram neste trilho

De repente num momento eloqüente, você e eu, eu e você, ou três destinos...

 

Morgana Fernandes

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Paixão...

Eu que me orgulho tanto de dizer que nada temo, que enfrento qualquer parada e não paro em qualquer topada, me descubro amedrontada, aterrorizada, em pânico, com o corpo tremendo, sem palavras, sem reação, isso é sinônimo de paixão... Descubro que a única coisa capaz de amedrontar e paralizar, minha garganta secar e minha voz calar, é o AMOR...

 

Mãos suando,

Coração disparado

Borboletas no estomago,

Insegurança, indecisão, angustia, aflição

O nome disso é Paixão?

Porque tamanha consumição?

 

O peito dispara,

Os olhos brilham

O sono some,

A mente voa,

O corpo flutua

A voz diz que é tua...

 

Morgana Fernandes

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

"Como não viver Oasis???"

“Como não viver Oasis???”

Sentada em minha mesa  em meio a varias tarefas e observando toda a movimentação da rede através dos emails, telefonemas, reuniões, ning, me surgiu uma pergunta:

COMO NÃO VIVER OASIS???

Como é tão mais difícil viver no velho mundo, como é tão mais complicado não pensar Oásis, não respirar Oásis, não cheirar Oásis, não ser OASIANO...
Parece-me por vezes inaceitável que em algum momento da minha vida eu não tenha vivido Oásis, sentido Oásis, respirado Oásis, amado Oásis, porque hoje é algo que faz parte da minha vida de forma tão efetiva, como se fosse uma marca registrada, como se fosse meu sobrenome (Morgana Fernandes Oasiana de corpo alma e coração, muito prazer!), faz parte de mim, é parte do meu todo, e de fato não posso conceber que só tenha descoberto isso a pouco tempo, pois é algo tão meu, me sinto tão empoderada que é como se tivesse nascido assim, com essa luz, com essa magia, com essa capacidade de realização.
Por isso que na verdade cada dia mais eu me convenço que eu sou oasiana desde o ventre da minha mãe, quando ela descobriu que estava grávida, faziam apenas 2 meses que tinha feito uma cirurgia e estava com toda a barriga com pontos e o médico dizia que era loucura prosseguir com a gravidez, mas mesmo assim ela resolveu que eu valia a pena, e assim eu nasci incomodando, dando trabalho, insistindo em ser diferente, inconveniente, incomodada, filha caçula com nome de Bruxa, esta sou EU, ou ainda poderia dizer que sou oasiana de outras vidas, mas fica a incerteza de saber se elas existiram eu ao menos não me lembro de tê-las vivido, e hoje não mais consigo ser diferente, não consigo mais ser a Morgana mil faces de que tanto me orgulhava, hoje vejo que não tinha mil faces, tinha mil mascaras, e ia trocando de acordo com minhas necessidades, por vezes Morgana profissional dedicada, mãe exemplar, outras irmã zelosa, as vezes até moleca atrevida, algumas muitas que prefiro não lembrar esposa descontente, em alguns momentos menina insegura, mulher madura, e em 2009 me vi em um lugar onde não podia carregar nenhuma destas mascaras, onde a partir do momento que você entrava as mascaras caiam e num primeiro momento me senti meio desprotegida, meio insegura, sem saber como agir nem se deveria agir, mas fui acolhida de um jeito tão especial, por pessoas tão incríveis, que o fato de não ter nenhuma mascara a esconder meu rosto, aos poucos foi me incomodando cada vez menos, fui me surpreendendo a cada dia com tantas transformações, com tanto amor, com tanta realização, no inicio confesso que quando tudo acabava, ficava um vazio no peito e triste eu pegava minha mascara na saída e voltava para a “realidade”, mas quanto mais o tempo passou e mais coisas foram acontecendo, mais livre e segura eu fui me sentindo, comecei a perceber que minhas mascaras não cabiam mais, estavam muito desconfortáveis, as mesmas não mais conseguiam esconder o brilho nos meus olhos, o sorriso em minha boca e depois de estar com pessoas mágicas em uma ilha mágica pela primeira vez eu voltei sem mascara alguma, nenhuma delas me servia, me tornei tão Morgana, tão oasiana e tão feliz e completa sabendo quem sou o que sou e qual meu verdadeiro papel neste mundo que as velhas mascaras ficaram de lado, não faziam mais nenhum sentido, sei que com meu rosto oasiana, com meu jeito oasiano, com meu coração oasiana, com minha alma oasiana, eu posso ir a qualquer lugar, eu posso falar com qualquer pessoa, eu posso fazer qualquer coisa, desconheço o significado da palavra impossível, ela não mais faz parte do meu dicionário e as mascaras não mais fazem parte da minha vida, sou protagonista da minha própria história, tenho meu papel principal nesse espetáculo maravilhoso que é a vida, e subo destemida e confiante neste palco que é o mundo.

Olho pra trás e percebo que me faltava simplesmente um despertar, um cutucar, uma simples faísca na palha seca que eu era, e que essa faísca foi capaz de tamanha combustão que incendiou minha vida, aqueceu meu coração e transformou meu viver.
Oásis arde em mim e grita alto, hoje sei que não preciso de mascaras, não quero ter mil faces, hoje consigo mostrar meu rosto e olhar nos olhos, me mostro de peito aberto e coração em chamas, me orgulho de mostrar oasiana, logo me mostro mais MORGANA...

E se alguém me pedir pra representar o velho papel, do velho mundo do antigo teatro, vou dizer... Esse tempo já passou, o tempo é outro, agora estou vivendo no tempo de Oásis...

MEU NOME É MORGANA E ASSIM EU DISSE HEYYYY...

Morgana Fernandes (oasiana de corpo, alma e coração)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

ME ENCANTE - PABLO NERUDA

"Me encante..
Me encante com seus olhos
Me olhe profundo, mas só por um segundo
Depois desvie o seu olhar
Como se o meu olhar,
não tivesse conseguido te encantar
E então, volte a me fitar
Tão profundamente, que eu fique perdido
Sem saber o que falar."

*Pablo Neruda*

 

Recebi este verso de um poema escrito por Pablo Neruda, de uma pessoa muito especial e iluminada juntamente com desejos de Feliz 2010

Ele é breve, porém profundo, fala dos encantos, e como não conhecia, fui procurar saber mais e encontrei-o na integra e vi que o mesmo fala de paixão, sedução, dos caminhos que levam ao coração...

E pensei que é de fato o que mais quero em 2010 encantar e ser encantada, afinal que graça teria a vida sem esses encantos que nos tiram o fôlego e o sossego?

Sem estas inconstâncias eternas, esses pontos de interrogação, esse inesperado prazer do imprevisível, o que seria da vida sem as borboletas no estomago, ou o brilho nos olhos, o sorriso radiante?

Quero me encantar com livros que irei ler, com musicas que irei ouvir, com outras que irei cantar e que a ninguém deste modo irei encantar, mas não importa estarei encantada de igual modo, mesmo que ninguém mais esteja, com cada lugar que irei visitar, cada sonho que irei realizar, cada cheiro, cada gosto, cada desgosto, quero me encantar com beijos, suspiros gemidos, sussurros, quero me encantar com amigos, sorrir e encanta-los com minha amizade e meu amor incondicional...

 

É isso aí, meu maior desejo pra 2000 e sempre é encantar e ser encantada, todos os dias e mais a cada dia, aprender cada dia mais a enxergar com os olhos do coração todos os encantos que a vida me proporciona e assim seguir feliz... Vivendo e não passando pelos dias...

 

Segue abaixo poema na integra:

 

Me Encante – Pablo Neruda...

 

Me encante da maneira que você quiser, como você souber.
Me encante, para que eu possa me dar...

Me encante nos mínimos detalhes.
Saiba me sorrir: aquele sorriso malicioso,
Gostoso, inocente e carente.

Me encante com suas mãos,
Gesticule quando for preciso.
Me toque, quero correr esse risco.

Me acarinhe se quiser...
Vou fingir que não entendo,
Que nem queria esse momento.

Me encante com seus olhos...
Me olhe profundo, mas só por um segundo.
Depois desvie o seu olhar.
Como se o meu olhar,
Não tivesse conseguido te encantar...

E então, volte a me fitar.
Tão profundamente, que eu fique perdido.
Sem saber o que falar...

Me encante com suas palavras...
Me fale dos seus sonhos, dos seus prazeres.
Me conte segredos, sem medos,
E depois me diga o quanto te encantei.
 
Me encante com serenidade...
Mas não se esqueça também,
Que tem que ser com simplicidade,
Não pode haver maldade.

Me encante com uma certa calma,
Sem pressa. Tente entender a minha alma.

Me encante como você  fez com o seu primeiro namorado...
Sem subterfúgios, sem cálculos, sem dúvidas, com certeza.

Me encante na calada da madrugada,
Na luz do sol ou embaixo da chuva....

Me encante sem dizer nada, ou até dizendo tudo.
Sorrindo ou chorando. Triste ou alegre...
Mas, me encante de verdade, com vontade...

Que depois, eu te confesso que me apaixonei,
E prometo te encantar por todos os dias...
Pelo resto das nossas vidas!!!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Piro no Suspiro... Elisa Lucinda

PIRO NO SUSPIRO

Pasmem os que sabiam e os que não desse meu segredo: parei de fumar. Sim, sou uma ex-fumante de um mês sem, e de trinta e seis anos com. Isto é, quase quatro décadas fumando esses cigarros que se compra em qualquer parte, nos bares, nos clubes, nos hotéis, nas portas dos colégios, nas boates, nos shoppings, nos supermercados, nos motéis, nas pousadas, nos postos, nos quiosques e outras bocas de fumo expostas e legalizadas espalhadas por aí, ao nosso dispor. Mas não escrevo para convencer ninguém a nada, não fiquei uma ex-fumante patrulhante. Sou recente e estou em estado de espanto pela nova vida. Vale dizer que eu era uma fumante cujo hábito se agravava nas festas e como delicioso acompanhante das bebidas. Falo da delícia de um gole e um trago. Quem é fumante sabe. Nessas ocasiões poderia fumar até oito cigarros, ou mais, dez. Mas em geral, dois cigarros por dia, três e pronto. Também era de hábito, depois de uma noite regada a fumaça, álcool, dança e tudo que tem numa festa, eu costumava ficar em uma abstinência natural durante todo o dia seguinte; mais que uma abstinência, uma certa ressaca, uma certa ojeriza ao cheiro do cigarro. Então me diziam: puxa, mas você fuma tão pouco que nem precisa parar. Não sei por que, há um mês, depois de um desses days after, resolvi subitamente parar de fumar, sem me preparar para isso. Aproveitei o nojo, a fala do corpo que me fazia rejeitar e pensei: acho que não volto a fumar. Logo depois, sequência direta, li num jornal que Mara Manzan tinha morrido; nossa querida, valente e divertidíssima atriz. Na matéria do óbito tinha uma declaração dela: “Não foi só o cigarro que me deu esse tumor nos pulmões, eu também cuspia fogo e engoli muito querosene nessa vida”. Na hora pensei, se eu não estivesse com esse foco, eu suprimiria a palavra só e leria que não foi o cigarro, e sim o querosene. Mas como o meu desejo era outro, eu li exatamente o que as palavras diziam: que ,além do cigarro, o querosene também a matou. Então pensei, vou parar de comprar meu câncer. Esses donos de fábrica de tabaco devem ser sócios dos laboratórios de quimioterapia como os hakers precisam produzir a doença para vender o remédio.
Sei que escrevo agora uma crônica quase dura, principalmente para quem fuma, mas não posso deixar de compartilhar essa experiência com meus iguais. Estou chocada: sem usar nenhum emplastro, sem pastilhas e outros recursos para atravessar o processo, estou sem fumar a frio. No entanto, o mundo cintila com igual força ao meu redor e, como se um espírito não fumador estivesse encostado em mim, eu não tenho a mínima vontade de fumar desde esse dia, e nunca mais. E olha que passei por testes muito difíceis, aparentemente. A saber: aniversário de Márcia do Valle, minha querida amiga, aniversarau de Maria Paula, sarau de Totonho Villerois, todos com vinho, champagne, cerveja e wisky, e cigarros para quem quisesse, atravessando a madrugada. E eu lá, com as minhas tacinhas, sem incomdar a ninguém, sem virar um evangélico chato, só me divertindo com a nova vida, tão possível, meu deus!, e o melhor, sem perder a graça. A vida me convoca a me despedir de um velho vício. Há muitos anos eu não me despedia de um velho vício! Topei. Fui no fundamento dele e achei uma tola desobediência a meu pai, um jeito de me afirmar como jovem, um jeito datado de chocar; achei também uma oralidade, uma ansiedade, uma vontade de comer o mundo como se fosse uma chupeta que comecei a sugar na hora que estava me construindo, adolescente, como a gente grande que viria a ser. Desmontado o enigma, a sensação que me invadia nos primeiros dias sem fumar é a de que esse costume em mim parece ter perdido a validade, não sou mais aquela, saí daquela moda , mudei de formato, e essa é minha mais atual transformação. Bem, para quem nasceu careca, sem dente e sem saber andar, até que essa transformação não é tão radical assim. E depois, o show da mutação não para. Quem recebe a glória de ficar velhinho pode ter o álbum das diversas fases da grande viagem, para confirmar o que digo. Nos novos dias tenho “viajado” no paladar das coisas, sempre fui boa de sentido, mas agora estou melhor. Faz sentido. Minha voz também está mais bonita. Para completar a partitura, ainda ouvi de um gentil cavaleiro, doces palavras: “hum, você sem fumar, é um poema sem palavras feito só de cheiro”; êxtase de ouvir isso.
Mas deixei para o final a invisível mão que mais me acolheu, subsidiou e deu patamar de fortaleza à minha decisão: Dona Poesia. Foi ela, meu Deus, outra vez, que numa displicente noite, ao abrir um livro de Quintana, lançou-me na cara: “Desconfia dos que não fumam: esses não tem vida interior, não tem sentimentos. O cigarro é uma maneira disfarçada de suspirar...”. Pirei! De novo Quintana tinha razão: ao fumar visitamos nossos interiores, refletimos, conversamos com nossas vozes íntimas, e é por isso que o Zeca Baleiro diz que “a solidão é o meu cigarro”, mas, para os meus propósitos, me agarrei foi no final, na função do verbo suspirar. Então comecei, só para brincar, a fumar um cigarro imaginário e tragá-lo profundamente, suspirar e soltar o ar. Dá uma onda parecida com yoga, parecida com amor. Sou romântica, e os românticos suspiram profundamente; o ar visita as vísceras, o diafragma, enche os pulmões, oxigena o cérebro e volta outro pra donde veio. Então é isso, agora eu ministro suspiros em mim quando lembro, quando quero, quando preciso, e sem me matar por isso. Espero assim, pelo menos desse jeito, adiar para muito longe o meu último suspiro. (Elisa Lucinda)

Momento Nostalgia...

"Inacreditável o jeito perfeito, desse mal feito conceito como a gente se entende, se encaixa, se conecta, se descobre, se combina, se completa, se diverte, a gente fala sem dizer, fala com o corpo, com os olhos, com a alma, sente no cheiro, na pele, no toque, no jeito, no gesto, bem perto, ao certo, o incerto, o depois que supôs que não chega, que aconchega, que o futuro, esquece, não merece, mas permanece a paixão, a lembrança, o sorriso, o sussurro, o gemido, a foto, recordação, de um beijo, um olhar, as mãos, não tem jeito, eu te desejo..."

Morgana Fernandes