terça-feira, 4 de junho de 2013

..."FALTA TANTA"...

Falta tanta coisa para sentir o que um dia sentimos. Falta coragem de assumir, coragem de esquecer, coragem de fazer diferente mesmo quando o que se sente continua igual. E hoje, ao pensar no que escrever eu só consigo me lembrar de uma frase: “Te amo tanto, tanto, tanto que te deixo em paz.” Não vou cobrar nada porque já fomos longe demais. E no fundo eu só quero que você aguarde um pouco mais. Que o tempo nos permita alguns reencontros sem culpas porque é bom sentir sempre mais uma vez. Porque mesmo a gente voltando para outros abraços só o nosso valerá a pena. Porque, quando você está com medo da vida, é na minha mania de rir de tudo que você encontra forças. E, quando você está rindo de tudo, é na minha neurose que encontra um pouco de chão. E, quando precisa se sentir especial e amado, é pra mim que você liga. E, quando está longe de casa gosta de ouvir minha voz pra se sentir perto de você. E, quando pensa em alguém em algum momento de solidão, é em mim que você pensa. Eu sei de tudo. E eu passei os últimos anos escrevendo sobre como você era especial e como eu te amava e isso e aquilo. Mas chega disso.
 Tati Bernadi

Conta Pra MIM...


...”Só queria saber o que de tão especial você tem,
que me prende à você?
Seja justo, agora que você se entregou a um outro Alguém,
Me conta esse seu segredo, pra que sem medo
Eu possa tentar encontrar um outro Também,
Me ajuda a encontrar qualquer explicação,
Pra esse sentimento sem nome nem definição
Que faz de você, o único a tocar de fato meu coração”...

Morgana Fernandes

...“Você nunca sabe a força que tem,

até que a sua única alternativa é ser forte”...

 

 

"Um dia a gente aprende a conviver com uns…

…e a sobreviver sem outros"...

 

A vida é bem como uma música. No começo, há mistério, e no final confirmação, mas é no meio que reside a emoção e faz com que a coisa toda valha a pena.”

segunda-feira, 3 de junho de 2013

 

...”O POEMA, ESSA ESTRANHA MÁSCARA MAIS VERDADEIRA QUE A PRÓPRIA FACE”...

 

Mário Quintana (1906-1994) poeta, cronista e tradutor gaúcho

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Não tenho me identificado muito com ninguém. Mas tudo bem. Levei um tempo até entender que pode ser muito libertador não se sentir parte de nada. E tu sabe como sou, dramatizo para dar às coisas a importância que originalmente elas não têm.


GABITO NUNES

GABITO NUNES

Mesmo assim, hoje eu senti uma puta falta sua, da tua covinha no queixo e da barriga bem feita. E eu não sei como fazer essas coisas, e muito menos lidar com a falta que um faz ao outro. Mas sempre me falaram: “Se tu deseja mostrar a alguém o que tem de mais verdadeiro no teu coração, escreva. E se um escritor se apaixonar por ti, você nunca morrerá”. Mas este é um texto feliz. Com a fome de te trazer de volta ou pelo menos dar um tom dourado no meu riso tão amarelo e irônico.
Então, com toda aquela felicidade, tô aqui pra conversar contigo. Não precisa responder, vai ser como nos velhos tempos. Estou em um bar que fica perto da praia, e decidi que precisamos fazer algo sobre o fato de que o mar me lembra você e o riso raio da manhã. Precisamos fazer algo sobre as músicas que me lembram a gente, como Leãozinho e todas do System of a Down. E sobre o por que de que minha única vontade é que pegue no meu queixo gordo e diga que não sou só eu que sinto medo do que tá acontecendo.
Eu lembro daquela semana. Foi a única semana que consegui me relacionar contigo sem nenhuma neura. A gente se ligou pela primeira vez, em um daqueles aplicativos novos e complexos que você consegue ver a pessoa e não só escutar a voz. Tu sentia vergonha. Eu sentia medo e calafrio. Eu precisava de ti desde que tu aceitou a ligação. E, nossa, como gostava de contar todas as piadas que já escutei nessa vida pra ti, ou de ficar de castigo com o telefone no canto do quarto, te ver escondendo o sorriso por tudo aquilo tá tão bacana, vê que você abaixou levemente o cenho, me achando pateta. Eu me estufei de orgulho por alargar aquele riso.
‘Você me diz pra correr menos,  por que se preocupa com o meu pulmão, mas você nem liga por eu estar um pouquinho acima do peso, você não fuma cigarros, você não vai a festas universitárias, é baixinha, meio esquisita até, meia tortinha, mas sei que milhões de garotos gostariam de estar no meu lugar agora. Você é um clichê por que você pode ser diferente, você pode não ser só atração física e sexo, você pode ser aquele beijo de despedida que deixa o coração palpitando. Você não tem uma família esquisita, nem um ex louco, você é comum, mas tem o que os outros não tem, eu vi um coração em você, e como Cazuza já dizia, eu que achei que não tinha nem sentimento, não vou ter medidas pra te gostar. Fica.’
Gabito Nunes

segunda-feira, 20 de maio de 2013

E você me tortura entre olhares, gestos, e sorrisos
Alguns  dias diz que me quer, noutros tem medo de mim
A verdade é uma só...
Toda essa espera, todo esse jogo e fantasia
Faz crescer dia a dia, a louca vontade que sinto de perder-me em teus braços
Em meio aos teus abraços, encantada entre caricias
Deleitando-me em tuas delicias
Desejando enfim por hoje sem saber de amanhã
Dizer-me somente e completamente TUA...

Morgana Fernandes

quarta-feira, 15 de maio de 2013

A UM AUSENTE

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste

Carlos Drummond de Andrade