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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Greplin - Jovem de 18 anos cria startup de US$ 5 milhões

Daniel Gross, fundador do Greplin

Não, não estamos falando de Sergey Brin ou Larry Page, fundadores do Google. Aliás, o jovem Daniel Gross não gosta da comparação – “é como comparar maçãs e laranjas”, diz.
Para início de conversa, Daniel não tem a pretensão de “organizar toda a informação do mundo”, como Brin e Page. O Greplin, sistema de buscas pessoais que criou, tem uma missão um pouco menos ambiciosa: organizar toda a sua vida digital

Na prática, o buscador indexa informações de todos os seus repositórios de informações pessoais, como Gmail, Twitter e Facebook, e as torna buscáveis a partir de uma única interface. Ou seja, é como um Google que vasculha apenas o seu universo pessoal.

Parece muito simples, e é – como muitas das ideias que acabam por transformar as nossas vidas –, mas é algo em que ninguém havia pensado ou feito ainda, nem mesmo o próprio Google.

E foi com essa premissa que, com apenas 18 anos de idade e sem nunca ter posto o pé na universidade (outro elemento que o diferencia dos acadêmicos Brin e Page), Daniel conseguiu levantar quase 5 milhões de dólares para investir no seu negócio em poucos meses.

Sua curta e bem-sucedida jornada como empreendedor começou cerca de um ano atrás, quando decidiu trocar o serviço militar pelo Vale do Silício.

Daniel passou a maior parte da sua vida em Israel e, tendo saído do colégio, teria que servir ao exército antes de começar os estudos universitários. Optou por um caminho alternativo. Fez as malas e partiu para São Francisco, onde fez uma entrevista para participar do Y Combinator, programa de três meses que apoia startups com capital semente, consultorias e networking.

A ideia em que trabalhava na época não fez sucesso junto à banca avaliadora, mas Paul Graham, idealizador do programa, viu potencial no jovem e convidou-o a ficar desde que concordasse em desenvolver um novo projeto.

Daniel aceitou o desafio e começou a trabalhar em novas ideias. Mas foi a apenas 48 horas do fim do programa que o Greplin surgiu. Faltavam apenas dois dias para o Demo Day, dia em que todos os participantes do Y Cobinator tem que apresentar a versão final do projeto em que trabalhavam e Daniel ainda não tinha uma.

Entre todos os produtos nos quais vinha trabalhando, foi encorajado por seu mentor a escolher não aquele que parecia mais promissor ou ousado, mas sim aquele que usaria no dia-a-dia. Com isso em mente, optou pela ideia do buscador pessoal. “Às vezes você quer procurar uma informação que você tem certeza que tem guardada em algum lugar, como o endereço de uma festa para a qual foi convidado, por exemplo, mas não sabe exatamente onde está. Foi pensando nisso que criei o Greplin”, conta.

Daniel levou um protótipo do buscador à apresentação final do programa e, finalmente, emplacou um sucesso. Incentivado pelos feedbacks positivos, começou a procurar investidores anjos para bancar o projeto ao mesmo tempo em que trabalhava para aperfeiçoar o produto tecnicamente.

Em apenas dois meses, conseguiu levantar cerca de 500 mil dólares em e ganhou um sócio: Robby Walker, apresentado a ele por um dos mentores do Y Combinator. “Precisava de alguém com mais experiência em engenharia ao meu lado”, justifica.

Assim como Daniel, Robby tem toda a pinta de garoto prodígio: entrou na faculdade aos 9 anos de idade e aos 20 já era PhD.
Divulgação
Robby Hires
Robby Walker, sócio do Greplin
Sua primeira startup, criada durante sua passagem pelo Y Combinator em 2007, foi vendida a ninguém menos que o próprio gigante das buscas – sim, o Google – e tornou-se a base do que é hoje a sua ferramenta de apresentações online.
Em pouco tempo, a promissora dupla passou a ser assediada por investidores interessados em injetar ainda mais capital no negócio. Em fevereiro deste ano, apenas cinco meses após ter sido lançado, o Greplin recebeu um investimento de 4 milhões de dólares da Sequoia Capital, um dos fundos de capital de risco mais prestigiados do Vale do Silício.

O plano de Daniel para gastar o dinheiro não envolve festas, carros ou mulheres – algo que seria muito natural na sua idade –, mas sim engenheiros. “Vamos investir principalmente em trazer os melhores profissionais para o nosso time e em garantir as condições técnicas para o funcionamento do serviço, que exige uma infra-estrutura confiável”, antecipa Daniel.

Aprimorar a ferramenta, com futuras versões que possam rodar em celulares e que não dependam de conectividade para funcionar, por exemplo, é a prioridade agora.

Ir à faculdade não é algo que está nos planos de Daniel (hoje com 19 anos), pelo menos não no futuro próximo. “Todas as minhas energias estão concentradas em fazer o negócio dar certo”, assegura.

Via Portal Exame

Empreemdedores de Sucesso com menos de 20 anos...

Esses empreendedores podem ainda não beber cerveja, mas já ganharam milhões de dólares antes mesmo de sair da adolescência. Os adolescentes não esperam mais a época da faculdade para ingressarem...
Esses empreendedores podem ainda não beber cerveja, mas já ganharam milhões de dólares antes mesmo de sair da adolescência.

Os adolescentes não esperam mais a época da faculdade para ingressarem no mercado de trabalho e se destacarem. Conheça dez empreendedores bem-sucedidos que têm no máximo 20 anos de idade – e são mais ambiciosos, vigorosos, familiarizados com tecnologia e sagazes do que a maioria dos executivos de grandes empresas.

Alguns deles já são milionários. Contrate-os agora, enquanto eles são relativamente ingênuos. Ou torça para ser contratado por um deles em breve.

O empresário em série: Ben Casnocha, 19 anos, da Comcate
Poucas pessoas escreveram um livro e fundaram uma empresa de softwares antes dos 19 anos de idade. Ben Casnocha é uma dessas raridades.

Inspirado por um professor que o fez memorizar o anúncio da Apple – “Pense diferente” – Casnocha abriu a Comcate, que vende programas para ajudar governos locais a resolverem queixas de cidadãos. A idéia nasceu quando ele pensou sobre como a forma que os governos lidavam com os cidadãos era precária. Ele estava com 14 anos e a Comcate era a segunda empresa que ele fundava.

Com 17 anos de idade, ele era um dos 25 empreendedores com menos de 25 anos mais bem sucedidos, segundo a revista Business Week. Mesmo assim, ele arranjava tempo para ser capitão do time de basquete e editor do jornal do seu colégio, em São Francisco.

Quando terminou o colegial, Casnocha passou um ano viajando e escrevendo um livro sobre suas experiências: “Uma vida em start-ups: o que um CEO realmente jovem aprendeu em sua jornada pelo Vale do Silício”.

No último outono, Casnocha se matriculou na faculdade Claremont, na Califórnia e é espantosamente humilde ao comentar seu sucesso: “Não acredito em projetos de longo prazo. A maioria das boas coisas que me aconteceram foram inesperadas. Acredito na sorte e no timing”.

O mais novo veterano da política: Stephen Yellin, 19 anos, blogger
Converse com Stephen Yellin sobre seu assunto predileto – política – e parecerá que você está conversando com um veterano de guerra. E ele é. Desde os 13 anos de idade escreve e comenta sobre política.

No respeitado blog liberal Daily Kos, Yellin aconselha candidatos sobre como se comunicar com a comunidade da internet. Quando tinha 15 anos ele era chamado de “o Trippi do futuro”, em referência a Joe Trippi, que conseguiu aumentar o capital dos democratas na época da campanha de Howard Dean. Mas Yellin se esquiva da comparação: “Espero um dia talvez ser comparável a Joe Trippi”.

Diferentemente da maioria dos blogeiros de política, Yellin não tem as mãos limpas. Atualmente ele participa do Comitê Democrático de Union County, em New Jersey, e já trabalhou em várias campanhas de senadores do estado.

Antes, ele queria ser político, mas perdeu a vontade quando descobriu como o sistema funciona.

“Eles passam mais de oito horas por dia no telefone pedindo dinheiro. Você acaba falando com pessoas que não conhece e fazendo acordo com pessoas das quais não gosta”, ele diz.

O novo objetivo de Yellin é dar aulas de história para alunos do colegial. “A melhor defesa contra a tirania é ter uma sociedade fortemente democrática, onde pessoas são efetivamente responsáveis pelo seu país”, ele explica.

A milionária do MySpace: Ashley Qualls, 17 anos, da Whateverlife.com
Eis um enigma: como transformar oito dólares em um milhão de dólares? Fácil, coloque esses oito dólares nas mãos de Ashley Qualls. Três anos atrás, Ashley pegou essa quantia emprestada da sua mãe e comprou o domínio Whateverlife.com e começou a postar sua experiência com o MySpace e downloads gratuitos.

Com muitos corações, laços e letras de músicas populares, o blog fazia enorme sucesso com a audiência feminina do MySpace. Atraindo dezenas de milhares de acessos diários de meninas de 14 a 17 anos de idade, o site tornou-se um ótimo local para anúncios. No ano passado, ele lucrou um milhão de dólares com publicidade e chegou a sete milhões de visitantes únicos por mês.

Mas segundo Qualls, isso não foi tão simples quanto parece. Com o lucro do site, ela comprou uma casa para sua mãe e, no porão da casa, organizou a sede da sua empresa. A demanda do trabalho a obrigou a parar de estudar. Ashley contratou sua mãe para ajudá-la a gerenciar o site, o que gerou muitas tensões familiares. Apesar de ser um empreendedora de sucesso, não podia assinar contratos por causa de sua idade.

A idade, entretanto, não limitou suas ambições. O Whateverlife é hoje uma revista e uma loja online.

“Mas eu fico triste ao me lembrar de que não me formarei junto com meus amigos”, ela lamenta.

O mestre do Quiz: Andrew Sutherland, 18 anos, criador do Quizlet
Tudo começou com um teste de francês. Andrew Sutherland, na época um estudante de 15 anos de idade em Albany, na Califórnia, tinha que memorizar 11 nomes de animais em francês. Para fazer isso, Sutherland desenvolveu um programa que depois se transformou no Quizlet, uma ferramenta baseada na web que qualquer um pode usar para decorar palavras.

O usuário digita a palavra que precisa decorar e as definições corretas para o termo e o Quizlet faz o resto: testa o usuário constantemente. Desde o lançamento oficial da ferramenta, em janeiro de 2007, mais de 130 mil pessoas usaram o programa para testar seus conhecimentos – com temas que variam de animais a astrologia.

Para cuidar da burocracia, Sutherland abriu uma empresa com seu pai. Mas os fãs do Quizlet terão que esperar para conferir o segundo produto da empresa. O primeiro demorou 450 dias até estar disponível no mercado. E Sutherland, que foi aceito recentemente no MIT, diz que ser um desenvolvedor de software nunca foi um dos seus objetivos. “Queria ser bombeiro, astronauta…
Você sabe, todas aquelas coisas típicas”, ele disse.

O gênio inventor: Garret Yazzie, 16 anos
Garret Yazzie queria ser uma celebridade quando inventou um aquecedor para casas que usa um radiator Pontiac 1967 e latas de soda de alumínio 69. O menino de 13 anos estava apenas procurando uma forma de aquecer o trailer da sua família em uma reserva indiana em Navajo, no Arizona, onde não havia água corrente e nem energia elétrica.

A invenção despertou a atenção do país e ele conquistou o primeiro lugar na Feira de Ciência e Engenharia Americana e Indiana, além de ficar em 40º lugar no desafio do Discovery Channel, em Washington. A Universidade do Arizona criou uma matéria com o nome de Yazzie e, em abril do ano passado, o programa Extreme Makeover presenteou sua família com uma nova casa.

No ano seguinte, ele inventou uma roda de água usando uma bobina conectada a uma bicicleta andando a 10 quilômetros por hora e a um alternador. A bobina produzia energia suficiente para alimentar um refrigerador, por exemplo. Novamente, ele venceu a Feira de Ciência e Engenharia e foi semifinalista do concurso do Discovery.

Hoje ele estuda em Clarkston, em Michigan, e espera retornar ao Arizona e construir uma máquina que produza dispositivos geradores de energia alternativa.

Fonte: http://www.aguerrilha.com.br