UM POUCO DE TUDO QUE DE FATO VIVE EM MIM, DO AR QUE EU RESPIRO, POR QUEM EU SUSPIRO, MEUS SEGREDOS MAIS OCULTOS, MEUS DESEJOS MAIS ABSURDOS, MEU UNIVERSO INTERIOR, MINHAS HISTÓRIAS DE AMOR, AS PAGINAS RASGADAS, FOLHAS AMASSADAS E LETRAS APAGADAS, DE UMA BIOGRAFIA CENSURADA...
terça-feira, 22 de novembro de 2011
SANTO EXPEDITO
Na hora em que atinge esse ponto, esteja certo: você conheceu o isolamento perfeito. Um isolamento físico e mental. Um isolamento de mangueira de chuveiro.
Você descobriu que não tem amigos. Você descobriu que o mundo é um segundo ventre, e não existe cesariana. Você descobriu que não tem passado, o que é muito mais grave do que descobrir que não tem futuro.
Você dorme e toma emprestado o despertador do vizinho. Não que a parede seja fina entre os imóveis, a sensibilidade da audição triplicou com o vazio.
Nada lhe resta senão obedecer ao relógio. Como uma criança deitada na classe aguardando o sino da escola.
Você bebe qualquer som. Consegue identificar o motor da geladeira, coisa que nunca reparava. O que é longe é perto. No fundo tanto faz a distância, não tem nenhum lugar para ir, nem vontade de ficar.
Ao andar pela sala, vê a necessidade de trocar o forro das almofadas, de arrumar infiltrações no teto, de corrigir o mau contato do abajur. Mas não tem vontade de consertar a vida. O conserto exige esperança.
Você se julga morto. O café é chá, a sopa é suco, a segunda-feira é feriado, a terça é sábado, a quarta é domingo, a quinta é paralisação, a sexta é greve geral.
Você está no apartamento alheio mais do que no seu próprio apartamento. Porque nada acontece em seu domínio. O estranho do 302 é quase um colega de quarto, um irmão emprestado, a pessoa mais próxima da história recente.
O interfone do vizinho apita e corre para atender, ansioso por algum resgate.
Você não encontra o que falar consigo, e antes reclamava da falta de assunto com a esposa. Você não suporta dormir pelo excesso de quietude, e antes lamentava a algazarra dos filhos.
Você não tem o que pensar, já conhece seus pensamentos de cor, se acha um livro lido e previsível.
Está no ponto de puxar conversa quando alguém liga por engano. É capaz de discar o 190 para lembrar onde mora.
Ninguém pisa em seu capacho, formado por cartas, contas e propagandas.
Solidão é estar absolutamente entregue ao ouvido, todo ruído do lado de fora soa como de dentro. Um morador puxa a descarga e você corre ao corredor jurando que tem companhia. É ouvir passos na escada e confiar que foi na sua sala. É ouvir um grito abafado na rua e disparar para a cozinha.
É sofrer um susto atrás de outro sem motivo.
Solidão é acompanhar um por um dos seus batimentos cardíacos. Enquanto o monitoramento é distraído, tudo bem. Na hora em que você começa a contar, esteja certo: você enlouqueceu.
O nome disso é desemprego.
Publicado no jornal Zero Hora
Coluna semanal, p. 2, 22/11/2011
Porto Alegre (RS), Edição N° 16894
Consideração - Tati Bernardi
5 status pós-termino de relacionamento
Amizade fraterna: E vocês terminaram. Não por conta de brigas, não por conta de problemas, não por conta de algum conflito impossível de solucionar, mas sim porque gradualmente os caminhos que antes se cruzavam viraram retas paralelas e vocês concluíram que, ao menos romanticamente, nunca mais iam se encontrar. Do tempo juntos ficou o carinho, ficou a intimidade, ficou uma certa sintonia e todo aquele conhecimento que um tinha sobre o outro. Você sabe que pode contar com ela quando fica chateado, ela sabe que pode contar com você quando fica triste, e vocês sabem que o amor que um dia sentiram não sumiu, apenas se transformou num sentimento bem menos físico e muito mais próximo da amizade. Ou ao menos é isso que vocês sempre explicam quando todo mundo vem dizer que é óbvio que vocês ainda tão transando e esse papinho de amizade e retas paralelas só pode ser sacanagem, na boa.
Amizade com tensão sexual: E vocês terminaram. Vieram as brigas, vieram os problemas, vieram os conflitos e vocês, antes que a convivência se tornasse insuportável, decidiram que era melhor dar um basta na relação pra evitar que até mesmo as possibilidades de amizade fossem colocadas em risco. Mas ainda que já tenham devolvido os discos, dividido os livros, destrocado os travesseiros jogados na cama e exista a certeza de que o relacionamento já deu o que tinha que dar e insistir nele vai causar apenas problemas, o seu corpo ainda tem como reflexo segurar o dela, o pescoço dela ainda lembra do contato da sua boca, você ainda sente tesão no jeito como ela come morangos e ela ainda fica arrepiada quando te vê xingando durante partidas de futebol. Mas claro, vocês não explicam nada disso quando todo mundo vem dizer que é óbvio que você estão transando, ainda que concordem silenciosamente sobre essa parte da amizade ser meio sacanagem.
Neutralidade: E vocês terminaram. Um pouco por brigas, um pouco por desgaste natural, um tanto por sua causa, um tanto por causa dela. E por mais que o que vocês tiveram algum dia tivesse parecido tudo, o que sobrou depois que vocês terminaram pareceu muito, muito pouco. Coisas foram devolvidas, fotos foram deletadas, amigos foram repartidos e após algum tempo vocês descobriram que as relações entre os dois, mais ou menos como o contato diplomático entre a Venezuela e as Ilhas Maurício, estava ali naquela linha tênue entre o reduzido e o inexistente, já que tudo que unia vocês desapareceu e hoje praticamente nada parece realmente lembrar que vocês algum dia estiveram juntos exceto o fato de que aquela garota de franjinha na mesa ao lado sabe que você, quando tenta dormir de bruços, ronca como um cavalo asmático.
Inimizade velada: E vocês terminaram, de forma mais ou menos amigável. Não tanto porque ainda fossem amigos – os dois sabiam que o limite da amizade tinha sido ultrapassado depois da primeira vez em que começaram a se xingar em filas de mercado e ela usou uma lata de pó royal como arma – mas porque os dois tentaram ser adultos e evitar maiores demonstrações públicas de hostilidade. Hoje freqüentam os mesmos lugares, ainda conversam com as mesmas pessoas, mas não é exatamente difícil perceber que ainda existe uma certa nuvem de ressentimento, principalmente quando os dois se evitam em eventos, ela diz que ele parece ter engordado e ele fica ressaltando que todos os namorados dela depois dele são meio veados.
Inimizade declarada: E tudo terminou mal. Alguém vacilou feio, alguém pisou na bola em proporções abissais e só não pode ser dito que "um amor assim violento quando torna-se mágoa, é o avesso de um sentimento, oceano sem água" porque ele fez questão de usar todos os discos do Caetano que ela tinha como frisbees, na frente do prédio dela, com uma labrador comprado especialmente pra isso e ela afogaria ele em qualquer oceano, com água ou não. Não existem possibilidades de amizade, não existe a chance de continuar nos mesmos círculos, nem mesmo há a esperança de uma convivência civilizada e a única razão pela qual os dois ainda são convidados para um mesmo evento é a mesma que motiva transeuntes a parar pra ver acidentes de carro. Alguns amigos acreditam que o rancor vai passar, outros dizem que eles ainda vão ser amigos. Os mais precavidos apenas conferem a capa do Meia-Hora todas as manhãs. Só por via das dúvidas, você sabe como é.
O AMOR - TATI BERNARDI
O amor
Semana passada liguei pro meu melhor amigo e convidei para um cinema. A gente não se falava desde o ano novo, quando tudo deu errado pro nosso lado. De tempos em tempos sumimos, falamos umas coisas horríveis de quem se conhece demais. Ele topou desde que fosse daqui pra frente, preguiça de conversar da briga e tal. E fomos. Cheguei antes, comprei. Ele chegou depois, comprou água. Porque eu comprei os ingressos, ele comprou também uns doces e disse que pagaria o estacionamento. Porque ele pagaria o estacionamento, eu disse que daria a carona da volta. E com meu coração tão calmo eu voltei a sentir o soninho de sofá de casa com manta que sinto ao lado dele. A gente não se beija nem nada, mas quando vai ver pegou na mão um do outro de tanto que se gosta e se cuida e se sabe. Já tivemos nossos tempos de transar e passar nervoso e aquela coisa toda de quem ama prematuramente. Mas evoluímos para esse amor que nem sei explicar. Ele me conta das meninas, eu conto dos caras. Eu acho engraçado quando ele fala "ah, enjoei, ela era meio sem assunto" e olha pra mim com saudade. Ele também ri quando eu digo "ah, ele não entendeu nada" e olho pra ele sabendo que ele também não entende, mas pelo menos não vai embora. Ou vai mas sempre volta. Não temos ciúmes e nem posse porque somos pra sempre. Ainda que ele case, more na Bósnia, são quase quinze anos. Somos pra sempre. Ele conta do filme que tá fazendo, eu do livro. Os mesmos há mil anos. Contar é sem pressa de acabar. Se ele me corta é como se a frase que eu fosse falar fosse mesmo dele. É um exibicionismo orgânico, como se meu silêncio pudesse continuar me vendendo como uma boa pessoa. São quinze anos. É isso. Ele me viu de cabelo amarelo enrolado. Eu lembro dele gordinho e mais baixo. Ele sempre comprou meus testes de gravidez, mesmo a suspeita nunca sendo nossa. Eu já fui bem bonita numa festa só porque ele queria me fazer de namorada peituda pra provocar a ex mulher. Minha maior tristeza é que todo novo amor que eu arrumo vem sempre com algum velho amor tão longo e bonito. E eu sofro porque com pouco tempo não consigo ser melhor que o muito tempo. E de sofrer assim e enlouquecer assim, nunca dou tempo de ser muito para esses amores porque estrago antes. Mas meu melhor amigo é meu único amor. O único que consegui. Porque ele sempre volta. E meu coração fica calmo. E ele vai comigo na pizzaria e todos meus amigos novos morrem de rir porque ele é naturalmente engraçado e gente boa e sabe todos os assuntos do mundo. E todo mundo adora meu melhor amigo. E eu amo ele. E sempre acabamos suspirando aliviados "alguém é bobo como eu, alguém tem esse humor" e mais uma vez rimos da piada que inventamos, do pai que chega pro filho e fala: sua mãe não é sua mãe, eu transei com outra". E esse é meu presente dessa fase tão terrível de gente indo embora. Quem tem que ficar, fica.
http://www.tatibernardi.com.br/textos.php?id=395&y=2010&tit=O-amor
Novas aventuras em lo-fi #19
Uma coisa engraçada da adolescência é que, apesar de ser possivelmente a época mais rica em transições, revoluções e reviravoltas que qualquer um de nós chega a ter na vida, já que não apenas não temos o controle de muitas das coisas que nos acontecem (quando se tem 16 anos não se pode escolher a casa onde se mora, o colégio onde se estuda, o curso de inglês que se faz ou que fotos suas vão ou não ser exibidas quando as visitas chegam na sua casa) como também estamos num momento de diversas transições pessoais (emos viram grunges, que viram hipsters, que viram metaleiros, que viram pagodeiros, que resolvem mudar o nome pra um símbolo como se fossem o Prince), ela consegue ser ao mesmo tempo a época das decisões mais contundentes, das opiniões mais fortes, das convicções mais firmes.
Conhecemos uma banda e temos certeza que ela vai ser a nossa favorita pra sempre, comemos um prato e não duvidamos em nada que poderíamos viver só daquilo pra vida toda, fazemos amigos e temos certeza que eles vão estar ao nosso lado até no nosso leito de morte, vamos numa festa americana e concluímos que qualquer possibilidade de felicidade que a gente venha a ter reside na Fernandinha da 7ªA e nenhuma outra garota nunca mais fazer com que a gente se sinta como no dia daqueles amassos no fundo do pátio. Não que gastemos muito tempo nisso, mas temos um senso de convicção pessoal de tudo que nos cerca que nunca mais vamos conseguir ter de volta, já que crescer envolve basicamente sair do mundo dicotômico em que "a minha turma é legal e a outra turma é composta apenas por babacas" para o mundo cheio de tons de cinza no qual você precisa entender que a sua turma erra, a outra turma tem lá suas motivações e no final todo mundo vai ter que pagar os mesmos 27,5% de imposto de renda, fora o que é retido na fonte, não dá pra fugir.
E é mais ou menos nesse período que entram nas nossas vidas as músicas tristes. Afinal, numa época em que cada fora é um coração partido, cada "não" é um rejeição pessoal que nunca vai ser superada – ao menos não até domingo que vem – e cada volta pra casa de mãos dadas ou beijo roubado atrás de um armário no corredor é o início de um romance épico que atravessará os tempos – ao menos até a próxima quarta – começamos a sentir falta de uma trilha sonora que represente isso, que embale os momentos de fossa imatura, que possa fazer fundo pras horas deitado na cama pensando em porque ela disse não e se isso significa realmente que sua vida pessoal terminou antes do segundo grau começar.
E ainda que todos tenham as suas preferências de fossa, que podem ir desde Radiohead até Beyoncé (algumas fossas são mais animadas que outras, não vamos julgar), eu sempre achei que poucas bandas representavam mais a fossa adolescente, a fossa de base, a fossa de raiz, a fossa de pés descalços cujo grande sinal de depressão era se trancar no quarto, não jantar direito e ficar totalmente desconcentrado na hora de jogar international superstar soccer deluxe ("au-au") com os amigos do que Travis. E mesmo no padrão Travis de fossa adolescente, que ofereceu petardos como "Why does it always rain on me", o título de canção mais depressivo da história; ou "The humpty dumpty song", a única música que me faz lacrimejar apenas de escrever seu título (sério), acho que nenhuma chega perto de "Writing to reach you".
Não sei bem se pelo ar de canção escrita no quarto durante as férias, se pela autopiedade sem nenhum traço de ironia, se pelo refrão que consiste numa grande sequência de negativas ("cause I'm writing to reach you now/but i might never reach you/only want to teach you about you/but that's not you") ou se pela sensação geral que todas as canções do Travis passam de que ninguém na banda nunca foi ou será feliz e que o mundo é um lugar frio, cruel, onde as mulheres são más, os caras são bullies e todos nós vamos passar a manhã inteira no ponto, debaixo de chuva, porque nossos ônibus nunca vão chegar, mas existe algo nessa música que pra mim resume tudo de hiper-dramático que apenas as fossas adolescentes (e as fossas que algumas pessoas adultas tem como se ainda fossem adolescentes) conseguem ter.
Mas a verdade é que nunca mais, depois de adultos, conseguimos realmente ser de novo assim. Ainda ficamos tristes, claro, ainda curtimos fossas, com certeza, ainda sofremos pelas coisas e ainda temos domingos chuvosos nos quais simplesmente não queremos sair da cama, mas existe sempre aquele toque de auto-ironia, aquela pegada de "ok, não é tão sério assim", aquele quê de "na boa, ninguém aqui tem 15 anos, levanta". A gente acaba crescendo e, entre as coisas que a gente acaba deixando pra trás, está a capacidade de se sentir real e exatamente como em músicas feito "Writing to reach you". A não ser, é claro, que você seja o Leoni. Porque sério, eu imagino que esse cara se sinta assim todos os dias. Não deve ser fácil.
William Shakespeare
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a raça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longa distância.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que a vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar-se com os outros, mas com o melhor que se pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que te ajuda a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você suponha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva, tem todo o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabe demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar...
Vento No Litoral - Renato Russo
Dos nossos planos é que tenho mais saudade...
Quando olhavamos juntos na mesma direção..
Exceções...
http://www.youtube.com/watch?v=ThU7Vn2Bqc4&feature=related
NOS PERDEMOS EM MEIO A PROBLEMAS QUE NEM ERAM NOSSOS, ABRIMOS MÃO DO ESSENCIAL, DO AMOR, DA PAIXÃO E AGORA NADA RESTOU ALÉM DE INDIFERENÇA...
... AS EXCEÇÕES SÃO RARAS, MAS AINDA ASSIM ACREDITO QUE EXISTAM... QUANDO EXISTE AMOR VERDADEIRO, O ORGULHO DEIXA DE SER IMPORTANTE, O AMOR TOMA O LUGAR, A SAUDADE É MAIOR E A VONTADE DE ENCONTRAR A FELICIDADE PLENA SUPERA TUDO...
MUITAS VEZES TEM TANTO BARULHO AO SEU REDOR QUE VOCÊ DEIXA DE OUVIR A VOZ MAIS IMPORTANTE, A VOZ DO SEU CORAÇÃO, A QUE DEVERIA SER SEU GUIA... SE PERDE EM MEIO HÁ COMO ACHAM QUE VOCÊ DEVE AGIR, COMO ACREDITAM QUE VOCÊ DEVE SER, SIMPLESMENTE PORQUE UM COMPORTAMENTO NÃO COMBINA COM O QUE IMAGINAM QUE VOCÊ É, COMO ESPERAM QUE VOCÊ SEJA, ESSE SERÁ SEU GRANDE ERRO, ESSE FOI MEU GRANDE ERRO, É PRECISO ESTAR ATENTO E NÃO DEIXAR QUE A VOZ DA MULTIDÃO FALE MAIS ALTO QUE A VOZ DO SEU PRÓPRIO CORAÇÃO, SER PATÉTICO, ESTAR APAIXONADO, FAZER LOUCURAS E QUEBRAR REGRAS, SE ARRISCAR A PARECER BOBO É UMA DADIVA E NÃO UM DEFEITO, NÃO IMPORTA O QUE O MUNDO DIGA A RESPEITO, IMPORTA SOMENTE O QUE VOCÊ SENTE. PERCEBI ISSO TARDE DEMAIS E PAGUEI UM PREÇO ALTO DEMAIS...
NÃO HÁ COMO VOLTAR ATRÁS, NÃO HÁ COMO APAGAR O PASSADO, A UNICA FORMA É ESPERAR QUE AS COISAS VOLTEM AO SEU LUGAR E QUEM SABE ESSA EXCEÇÃO DE FATO EXISTA, QUEM SABE UM DIA O TELEFONE TOQUE, QUEM SABE UM DIA BATAM NA PORTA, QUEM SABE AINDA HAJA UMA CHANCE, QUEM SABE TUDO ISSO, QUEM SABE NADA DISSO???
SÓ O TEMPO PODERÁ DIZER, SÓ O TEMPO IRÁ MOSTRAR, EXISTE UM MOMENTO EM QUE VOCÊ PERCEBE QUE JÁ FEZ TUDO O QUE DEVIA E ATÉ UM POUCO ALÉM, ENTÃO A UNICA COISA SENSATA A FAZER É DEIXAR QUE O TEMPO CUMPRA SEU PAPEL, QUE A SAUDADE SEJA MAIOR QUE O ORGULHO, INFELIZMENTE NESTE MOMENTO A ÚNICA COISA A FAZER É NÃO FAZER NADA E ACREDITAR E ESPERAR, SE FOR VERDADEIRO... ASSIM SERÁ!!!
Morgana Fernandes