segunda-feira, 6 de maio de 2013

Por romances menos apressados - M DE MULHER

Um amigo meu nunca teve muito problema para catar mulher. Sim, “catar”, como moleque roubando goiaba no quintal do vizinho. Pula a cerca correndo, pega quantas frutas puder carregar e dá o fora. Em uma balada, ele fazia mais ou menos isso. Chegava dançando e lançava um sorrisinho safado. Se a recepção fosse boa, logo segurava uma das mãos no meio do gingado. Mal trocava duas palavras e beijava. Nem queria saber o nome. Às vezes, perguntava se eu tinha visto o rosto da garota, pois não lembrava se era bonita. Esse estilo de romance “drive-thru” nunca me atraiu.
O volume da música e a geografia do lugar sempre influenciaram o meu comportamento em festas. Gosto da conversa. Se está muito barulho a ponto de ninguém se ouvir ou se não há um espaço para desafogar a muvuca, eu passo a noite perdidão. Mas tem gente que curte esse desapego. Quando eu era mais jovem, lembro de uma amiga que se orgulhava de ter beijado uns trinta em uma micareta. Para cada um, fez uma marca no abadá. Ainda acho que ela não beijou de verdade nenhum. No máximo, trocou um pouco de saliva com eles, como em uma churrascaria rodízio.
Uma vez, aquele sujeito que “cata” goiabas reclamou que nunca conseguia namorada. Ele era rápido na coleta, mas não sabia fazer suco. Claro, esquecer o nome – e até o rosto – da menina não devia ajudar muito. Minha amiga do abadá marcado tocava no mesmo ponto. Quando estava sóbria, repetia a máxima: “os homens não querem nada sério comigo”. Pois, ficar é mole. Nem sexo casual é difícil de encontrar. Mais complicado é dar continuidade.
As pessoas andam apressadas demais para se dar bem e acabam queimando a largada, sem ter tempo para se conhecerem. De certa forma, esta falta de envolvimento é uma maneira de se proteger. Assim ninguém se decepciona, não se ilude, não se machuca. Pegar e largar. Mas amar exige riscos. De não ser correspondido, de levar um fora, de não ser a pessoa certa e até de ser feliz. E não deveríamos ter tanto medo disso.
Queria lançar aqui uma campanha pelo “slow food”. Precisamos dar mais valor a quem troca telefone – e liga – tendo ficado ou não. Motivar mais convites para um encontro. Um de verdade, que permita ao casal se conhecer melhor. Pode ser um barzinho ou um restaurante, mas tem que rolar um bate-papo. Até silêncios constrangedores fazem parte, para ver como cada um reage. Encontrar a oportunidade certa para um beijo roubado. Prospectar um segundo encontro. São etapas que as pessoas não deveriam pular com tanta frequência.
Adoro a imprevisibilidade de um primeiro encontro. Muitos são frustrantes, claro. Mas aqueles que tomam um caminho inesperadamente interessante compensam. É muito bacana trazer a pessoa um pouco para o seu mundo e visitar o dela. Eu, por exemplo, gosto muito de cinema. Faz diferença para mim como a mulher se comporta durante um filme que eu gosto, como ela se envolve, se chora, se ri, se fica assustada. Se atender o celular ao meu lado no meio da sessão, corto relações na hora. Por outro lado, se ela pedir silêncio para alguém que estiver de papinho, eu gamo.

Alex Xavier (Site M de Mulher – publicado em 12/04/2013)


Um pouco mais de amor por favor...

quinta-feira, 2 de maio de 2013

RECADO...

 

QUALQUER UM ACABA PASSANDO, MAS FICAR É PARA POUCOS,

É PRA QUEM TEM CORAGEM, FICAR É SÓ PRA HOMENS DE VERDADE!!!

 

MORGANA FERNANDES

segunda-feira, 29 de abril de 2013

“O homem é a nova mulher" - M DE MULHER

Essa foi a declaração bombástica que um amigo gay meu proferiu na mesa do bar esse final de semana. Ele, na verdade, estava reproduzindo a frase que ouviu de outra amiga, dias antes.

Foi tipo uma epifania, a frase abriu um clarão na minha mente. Ainda surpresa com a conclusão, postei a frase no meu Facebook.

Causou impacto.

Em poucos minutos, mais de 15 amigos tinham curtido e outros tantos tinham comentado.

As histórias por trás dessa frase? Várias. Carol me conta que conversa horas e horas por dia com um pretendente no MSN, cheia de intimidade, mas o cara nunca a chama para sair. E ela já cansou de dar indiretas! Já Lúcia que está cansada de sempre ter que ser a escolher o programa da noite com o namorado. A linda Julia ficou solteira recentemente. Ao voltar "pra pista" ficou surpresa quanto tempo teve que olhar para o primeiro cara que ficou na balada, até ele entender que ela estava a fim. "Eles parecem inseguros demais! Será que vou ter que chegar neles, agora?", me perguntou. Já Letícia reclamou que está louca para transar com o "ficante". Os dois já saíram mais de cinco vezes e nada. Cansada de esperar, decidiu mandar uma mensagem mais direta sobre isso para o cara. Ele disse que não queria "se precipitar". Oi?

No clipe "If I Were a boy", Beyonce "troca" de lugar com o namorado

Tempos atrás, outro amigo – esse bem hetero -soltou outra pérola, depois de ouvir algumas das minhas ultimas histórias de relacionamentos:  "o homem não sabe como agir com a mulher moderna". Depois que ele me falou isso, comecei a observar as minhas relações e das amigas ao redor. É bem verdade. Estamos mais diretas e sabemos mais o que queremos da vida, da carreira e, claro, dos relacionamentos. E nem sempre isso é romance e, especialmente, enrolação.  Estamos cada vez mais práticas e cada vez menos "mulherzinhas indefesas". E isso, claro, deixa os homens perdidos.

O que você acha dessa teoria?

 

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/blogs/taca-em-y/give-love-get-love/o-homem-e-a-nova-mulher/

SOBRE OGROS E HOMENS - HOMENS E OGROS...

Um Ogro pra chamar de meu...

Homens e Ogros , uma semelhança incrível..


Somos destinadas a acreditar em príncipes de contos de fadas, mas eu no auge dos meus 30 anos, ainda prefiro os Ogros,
Os chamados príncipes são chatos, insensíveis ou extremamente sensíveis, egoístas, egocêntricos, imagina a bela adormecida, quanto tempo ficou lá na floresta esperando pelo tal príncipe e a branca de neve?

Pensem na Rapunzel que teve que emprestar os cabelos para que ele conseguisse alcança-la, agora vejam o lindo Shrek, tinha um objetivo maior além de ser o cara que ia ganhar a princesa, ele defendia seu pântano, seu território o amor pela Fiona aconteceu por consequência...

Obra do DESTINO porque não dizer?




Ogros são inteligentes, se preocupam com você, não brigam por espaço na frente do espelho,
são HOMENS te protegem, mas também te mostram a realidade.




Te apoiam, mas também te criticam quando você está errada, te olham encantados como se você fosse uma joia única e rara,
lhe brindam com seus melhores sorrisos e te fazem rir, de um jeito meio estranho e por vezes mau educado até...

Te carregam no colo e te levam para outros mundos...



Trabalham com muita dedicação....



Se preocupam com você, lembram de você e do jeito simples e bruto deles,
fazem com que você se sinta especial a cada novo dia...




Enfrentam o mundo com você e por você...


Tenha calma, não discorde nem concorde, as vezes eles só precisam desabafar,
É como um chamado da natureza...




Enfim como diria o próprio Shrek, Ogros são como cebolas e possuem camadas, não são todos que gostam de cebola,
Não são todos que conseguem descasca-las e suportar as lagrimas, mas aos que se atrevem, aos que não desistem dessa natureza bruta e aparentemente insensível, fica a surpresa, a descoberta de que estes seres tão singulares, por vezes solitários, estranhamente sinceros, são também extremamente doces, sensíveis, românticos, delicados, protetores e nos fazem verdadeiras princesas ou Ogras, tanto faz...



Mas não precisam virar príncipes, pois a magia consiste no fato de serem OGROS,
tentar muda-los é um erro, aceita-los e compreende-los um presente...


Ama-los uma dadiva da alma...


Não são belos, não são perfeitos, mas de um jeito singular e especial, tornam os seus dias mais bonitos!!!


E o mais importante, te amarão incondicionalmente tenha você a forma de uma linda princesa,
ou de uma OGRA, pra eles importa QUEM você é e não como você está...


MORGANA FERNANDES

TODA TENTATIVA É VALIDA...


Toda tentativa é sempre valida,
Todo sonho é possível,
Acreditar no impossível é como perder a fé,
Objetivos são caminhos, opções,
Determinação é qualidade de vida,
Acreditar em muito momentos é tudo que nos resta,
Tentar, Tentar e Tentar,
Assim é a vida, tentativas, erros e intermináveis clichês,
Todos os dias à nossa espera,
Aguardando um simples, gesto, uma palavra,
Pra transformar, pra mudar, desestabilizar
Fazer o pra sempre se reinventar,
Quem sonha pequeno, não irá muito longe,
Quem sonha com as estrelas,
No mínimo chegará as nuvens,
Quiçá namorar a lua...

Morgana Fernandes

sexta-feira, 26 de abril de 2013


“Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras,
outras constroem moinhos de vento.”

(Érico Veríssimo)

CARTAS QUE EU NÃO MANDO... SAUDADES E QUERERES


Hoje só queria você
O Pôr do sol e nossos papos divertidos

Hoje só queria mais uma vez te amar
De longe, de perto, não importa

Hoje queria mesmo sentir,
dor, frio, amor, raiva não importa

Hoje queria mesmo não ser indiferente,
À vida, à você, ao que ficou, ao que nunca foi

Hoje eu queria ter você,
No quarto, no carro, na cama, até mesmo de pijama

Hoje eu queria saber quem sou,
Num instante, numa estrada, um pouco mais aliviada
Dessa paixão que não findou...

Morgana Fernandes

DESEJOS - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Desejo a vocês...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor

Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade

Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho.
Sarar de resfriado

Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo

Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém

Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.
Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 24 de abril de 2013

A profunda superficialidade de nossos dias...


Uma das características que melhor definem a época da História em que vivemos é a superficialidade. Somos pensadores superficiais. Somos cristãos superficiais. Aliás, eu diria até que somos profundamente superficiais. Claro que ser “profundamente superficial” é o que chamamos de um oximoro – uma expressão que se contradiz e, ao fazê-lo, afirma uma contradição. Assim como “água seca”, ou uma “verdadeira mentira”, “profunda superficialidade” soa como um absurdo. Mas é isso mesmo o que somos. Pois somos superficiais até as mais profundas profundezas da nossa alma.

Não importa quão profundamente cavemos na nossa alma contemporânea, nunca chegamos a algo que seja substancial. Tudo é superficial. Nossos sentimentos mais profundos são superficiais. Nossas paixões mais arrebatadoras são superficiais, efêmeras, passageiras. Somos pessoas cuja alma se assemelha a uma floresta inteiramente composta por árvores sem raízes. Por mais que você consiga adentrar os recônditos mais escondidos da floresta, não achará uma árvore que tenha firmeza. Pois, sem raízes, qualquer uma delas é facilmente arrancada pelo vento e substituída.

Essa constatação não significa que não tenhamos sentimentos fortes. Temos. Não quer dizer que nossas atitudes não sejam profundamente sentidas. São. Mas todas as profundezas do nosso ser, de nossos sentimentos e das nossas atitudes são, em última análise, superficiais.

Tomemos como exemplo a postura atual da maioria da sociedade brasileira contra a homofobia. “Todos” se dizem profundamente inconformados com os “tão intolerantes” cristãos. Afinal, “todos sabem” que qualquer opção de vida que um indivíduo faça é seu direito e é algo “absolutamente normal”. Esse é o discurso feito em público. Só que o bloco político que fez da sua campanha a defesa dos homoafetivos foi derrotado nas urnas de uma maneira tão absoluta e humilhante que ninguém quer falar a respeito do assunto. Na hora do “vamos ver”, da defesa política da opção dessas pessoas, ninguém compareceu. Multidões aparecem para fazer uma parada festiva. Mas, na hora de transformar esse discurso em ação… nada. E, quando não há um gay por perto, a grande maioria dos que os defendem não hesita em fazer piadas sobre os seus trejeitos.

Mas não sejamos duros com os que não compartilham da nossa fé. Afinal, vivemos numa casa cujo telhado também é de vidro. Se começarmos a jogar pedras, estilhaços vão voar para todos os lados.

Vejo pessoas demonstrarem uma enorme paixão ao defender o culto “gospel”, com todas as suas manifestações emotivas e bombásticas, e que afirmam ter um profundo “amor” para com Deus e seu Filho, Jesus Cristo, para não mencionar também o Espírito Santo. Derramam lágrimas. Fiéis se prostram e até se arrastam pelo chão, rugindo como leões. Muitos abanam os seus braços numa comoção em massa, enquanto alguém grita ao microfone algo sobre render honra, glória e louvor ao Deus Altíssimo, criador dos céus e da terra.

Pouco tempo depois, muitos (sim, muitos) estão tomando umas e outras no barzinho e contando piadas sujas. Não são poucos os jovens que até terminam no motel uma noitada após um “cultaço”. Sua paixão profunda no culto não passa de uma profunda superficialidade. Sim, porque não há ligação entre uma paixão e a outra. Arrebatados pelo culto, são, em seguida, igualmente arrebatados pelos seus instintos mais baixos, traindo tudo o que o culto deveria representar.

Leio a lista dos interesses que pessoas escrevem em seu perfil do Facebook e me espanto. Enquanto dizem “curtir” o reverendo Paul Washer, “curtem” programas de televisão que promovem sexo ilícito e toda sorte de perversão, justo aquilo que o reverendo Washer combate tão claramente: True Blood, Sexo sem compromisso, Friends, Vampire Diaries, Crepúsculo e uma infinidade de filmes e seriados que vomitam sua imundície sobre o mundo todo. Qualquer um que fizesse um estudo do perfil da maioria dos jovens que povoam a nação virtual teria que chegar à conclusão de que são insanos, hipócritas, e ímpios disfarçados de crentes. E é exatamente o que são. Iludem-se ao pensar que podem ser amigos do mundo e também de Deus.

Seus corações não estão alicerçados em Jesus. Sua paixão por Cristo é tão profundamente superficial como sua paixão pelas inúmeras cores de esmalte (que é a moda atual entre as mocinhas de Cristo) ou por sapatos – sim, sapatos. De cabeças ocas e corações esfacelados, vivem sendo arrebatados pela última novela (sim, porque isso é normal e achar que não é torna-se legalismo), moda, filme ou música. Põem Jesus Cristo ao lado de Lady Gaga nas suas páginas de “curtir”.

É insano. Uma geração sem moral, sem raízes e sem um norte.

Mas… será que são todos assim? Claro que não. Alguns estão começando a pensar. Alguns estão começando a se questionar. Nem tudo está perdido. Mas a maioria, lamento dizer, está.

Fonte: Walter McAlister - www.waltermcalister.com.br

"É como observar uma abelha tentando extrair pólen de uma flor de plástico.
Chega a dar pena de ver."

Gabito Nunes