UM POUCO DE TUDO QUE DE FATO VIVE EM MIM, DO AR QUE EU RESPIRO, POR QUEM EU SUSPIRO, MEUS SEGREDOS MAIS OCULTOS, MEUS DESEJOS MAIS ABSURDOS, MEU UNIVERSO INTERIOR, MINHAS HISTÓRIAS DE AMOR, AS PAGINAS RASGADAS, FOLHAS AMASSADAS E LETRAS APAGADAS, DE UMA BIOGRAFIA CENSURADA...
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Cartas que eu não mando...
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
O CASAMENTO DO MEU MELHOR AMIGO - FINAL FELIZ JULIA ROBERTS
Posso vê la sentada sozinha na mesa com…
Posso vê-la sentada sozinha na mesa com seu vestido lilás, cabelo preso e nem tocou no bolo, talvez batendo os dedos na mesa coberta por uma toalha branca de linho, como faz quando esta muito triste. Talvez até olhando para as unhas e pensando, "Meu Deus eu deveria ter interrompido minha trama maléfica e ter ido à manicure!", mais agora é tarde. E derrepente, uma música familiar, então… você sai da cadeira, você levanta num movimento estranho, olhando, procurando, cheirando o vento como um animal, será que Deus ouviu sua prece? A cinderela vai dançar de novo? E então derrepente, a multidão se afasta, e lá está ele, arrumado, elegante, com seu carisma radiante, estranhamente ele está no telefone, mais então, lá está você, ele anda em sua direção, com o balanço de um gato selvagem e apesar de você saber perfeitamente que ele é gay, ele é o mais devastadoramente lindo de todos os homens solteiros de sua idade, e aí você pensa: "Que se dane! A vida continua… Talvez não haja casamento, talvez não haja sexo, mais meu Deus pelo menos eu DANÇO ! (O casamento do meu melhor amigo)
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
"MATANDO UM LEÃO POR DIA" - Pierre Schurmann
Em vez de matar um leão por dia, aprenda a amar o seu.
Outro dia, tive o privilégio de fazer algo que adoro: fui almoçar com um amigo, hoje chegando perto de seus 70 anos. Gosto disso. São raras as chances que temos de escutar suas histórias e absorver um pouco de sabedoria das pessoas que já passaram por grandes experiências nesta vida.
Depois de um almoço longo, no qual falamos bem pouco de negócios mas muito sobre a vida, ele me perguntou sobre meus negócios. Contei um pouco do que estava fazendo e, meio sem querer, disse a ele:
-"Pois é. Empresário, hoje, tem de matar um leão por dia".
Sua resposta, rápida e afiada, foi:
-"Não mate seu leão. Você deveria mesmo era cuidar dele".
Fiquei surpreso com a resposta e ele provavelmente deve ter notado minha surpresa, pois me disse:
- "Deixe-me lhe contar uma história que quero compartilhar com você".
Segue, mais ou menos, o que consegui lembrar da conversa:
"Existe um ditado popular antigo que diz que temos de "matar um leão por dia". E por muitos anos, eu acreditei nisso, e acordava todos os dias querendo encontrar o tal leão.
A vida foi passando e muitas vezes me vi repetindo essa frase.
Quando cheguei aos 50 anos, meus negócios já tinham crescido e precisava trabalhar um pouco menos, mas sempre me lembrava do tal leão. Afinal, quem não se preocupa quando tem de matar um deles por dia?
Pois bem. Cheguei aos meus 60 e decidi que era hora de meus filhos começarem a tocar a firma. Mas qual não foi minha surpresa ao ver que nenhum dos três estava preparado! A cada desafio que enfrentavam, parecia que iam desmoronar emocionalmente. Para minha tristeza, tive de voltar à frente dos negócios, até conseguir contratar alguém, que hoje é nosso diretor-geral.
Este "fracasso" me fez pensar muito. O que fiz de errado no meu plano de sucessão? Hoje, do alto dos meus quase 70 anos, eu tenho uma suspeita: a culpa foi do leão.
Novamente, eu fiz cara de surpreso. O que o leão tinha a ver com a história?
Ele, olhando para o horizonte, como que tentando buscar um passado distante, me disse:
- "É. Pode ser que a culpa não seja cem por cento do leão, mas fica mais fácil justificar dessa forma. Porque, desde quando meus filhos eram pequenos, dei tudo para eles. Uma educação excelente, oportunidade de morar no exterior, estágio em empresas de amigos. Mas, ao dar tudo a eles, esqueci de dar um leão para cada, que era o mais importante. Meu jovem, aprendi que somos o resultado de nossos desafios. Com grandes desafios, nos tornamos grandes. Com pequenos desafios, nos tornamos pequenos. Aprendi que, quanto mais bravo o leão, mais gratos temos de ser. Por isso, aprendi a não só respeitar o leão, mas a admirá-lo e a gostar dele. Que a metáfora é importante, mas errônea: não devemos matar um leão por dia, mas sim cuidar do nosso. Porque o dia em que o leão, em nossas vidas morre, começamos a morrer junto com ele.
Depois daquele dia, decidi aprender a amar o meu leão. E o que eram desafios se tornaram oportunidades para crescer, ser mais forte, e "me virar" nesta selva em que vivemos.
A capacidade de luta que há em você, precisa de adversidades para revelar-se.
(Pierre Schurmann)
Canção das mulheres - Lya Luft
Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Lya Luft
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.
Fechando Ciclos... Construindo sonhos... Quebrando Correntes... Edificando Castelos... Enfim Vivendo...
E um belo dia o sonho acaba e tudo que fica é a realidade, cabe a nós mesmos sairmos em busca de um novo sonho ou vivermos o que a realidade nos reserva, contentar-se com menos?
Querer menos? Viver pela metade? Talvez seja uma saída, talvez seja uma fuga, talvez haja uma outra estrada, talvez na vida precisemos muito mais de certezas do que de ilusões, os sonhos nem sempre são coloridos e apaixonantes, mais ainda assim precisamos cultiva-los, vive-los, e principalmente realiza-los...
O ato de sonhar é o primeiro passo da realização, porém é preciso continuar caminhando...
#momentosmorganóides
Morgana Fernandes
Nada é impossível. Se puder ser sonhado, então pode ser feito.... de Theodore Roosevelt
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Existem mil maneiras de ser ignorada, apenas uma de ser amada...
Morgana Fernandes
O Amor se vai com o SILÊNCIO...
Eu cansei de falar e você de escutar,
Perdeu a razão de ser
Acabaram-se os motivos para existir
Nosso amor ficou à margem na estrada
Deixado de lado, em um canto sossegado
Esperando que o tempo sufoque
Que o dia-a-dia tire o encanto
Que toda magia se perca em meio ao medo
A prudência de sentimentos não vividos
Uma história que não teve chance alguma
Um amor bonito, porém não forte o suficiente
Pra levar à caminhos diferentes
Pouco a pouco fica apenas o silêncio de um e a angústia de outro
Você silencia às perguntas que não deseja responder
À mim resta a angústia da espera sem sentido
Do amor que nem amigo um dia virá a ser
E silêncio à silêncio nos perdemos
Não quero mais essa angústia de tantas incertezas
Tantas dúvidas...
Nosso amor é a certeza mais cheia de dúvidas que já conheci!
Morgana Fernandes
DESPERDICIO - Carlos Drumond de Andrade
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada ARRISCA, e que, esquivando-se do
sofrimento, perdemos também a FELICIDADE.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...
Carlos Drumond de Andrade
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Cidade dos Anjos
"Prefiro muito mais ter perdido a mortalidade e tocar seu corpo uma vez, sentir seu cheiro uma vez que viver a eternidade sem ter isso." (Cidade dos Anjos)