UM POUCO DE TUDO QUE DE FATO VIVE EM MIM, DO AR QUE EU RESPIRO, POR QUEM EU SUSPIRO, MEUS SEGREDOS MAIS OCULTOS, MEUS DESEJOS MAIS ABSURDOS, MEU UNIVERSO INTERIOR, MINHAS HISTÓRIAS DE AMOR, AS PAGINAS RASGADAS, FOLHAS AMASSADAS E LETRAS APAGADAS, DE UMA BIOGRAFIA CENSURADA...
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Inflamações e Feridas...
Tudo tem reflexo meu amor... não espere receber rosas quando você oferta espinhos...
Não me cobre nada, além do que você deseja me dar
Posso te amar, mas também posso te ignorar
Tudo depende da sua atitude em resposta às minhas atitudes, à minha entrega, ao meu amor
Me trate com amor e terás meu amor
Fale com indiferença e assim também me terás
Não julgue que me tens nas mãos, pois será neste momento que irás me ver escapar entre seus dedos, tão rápido que talvez nem note
Tentar me segurar é como segurar a água, podes tê-la facilmente envolvendo seu corpo, desde que estejas inteiro dentro dela
Tente prende-la em suas mãos e a verás perder-se facilmente, à menos que desejes estar inteiro novamente,
jamais à terás envolvendo teu corpo e aliviando tua sede outra vez...
Morgana Fernandes
NO INSTANTE DE NÓS DOIS... MORGANA FERNANDES
Tenho meus calos, minhas inflamações, esses seres que alheios à minha vontade, fazem parte de mim,
Parte do que sou e como sou, como reajo à algumas situações que me remetem à um passado que não me agrada,
Que de certa forma ainda grita, ainda inflama, ainda dói...
Reajo instantaneamente e instintivamente ao menor sinal de perigo, de incerteza, de rejeição ou deboche,
Diante de como você me VÊ, diante de como acho que você está me vendo, baseada nas suas atitudes, nas suas palavras,
Por vezes felizes, por outras nem tanto,
Essa incerteza que reina e comanda meus dias, cada vez que penso em você, me enlouquece,
Me afasta, me magoa,
Enfim encontrar algo raro,
Ter certeza na incerteza de outra pessoa,
Isso só pode ser demência,
Uma demência que por vezes desperta o que há de pior em mim,
Uma face que julgava ter abandonado por completo quando você me beijou,
Naquele fim de tarde, de uma sexta feira qualquer, inesperadamente, ardentemente,
Aquele beijo ainda lateja em minhas entranhas e não me deixa partir,
De alguma forma também sinto você ligado a mim,
Com todas as suas dúvidas certas, com todo seu medo infantil,
Quando você me olha, não é só meu mundo que ganha novo sentido, mas o seu também,
Nossos olhos se cruzam de tal maneira, que todo o resto desaparece, no instante de nós dois,
Deixa de fazer sentido, ultrapassa a lei da razão, algo muito além da paixão,
Dessas que vim colecionando ao longo da vida, das quais por vezes você fugiu
Não consigo fugir de você e nem você se livrar de mim...
Morgana Fernandes
Desconstruções - Martha Medeiros
Desconstruções
Quando a gente conhece uma pessoa, construímos uma imagem dela. Esta imagem tem a ver com o que ela é de verdade, tem a ver com as nossas expectativas e tem muito a ver com o que ela "vende" de si mesma. É pelo resultado disso tudo que nos apaixonamos. Se esta pessoa for bem parecida com a imagem que projetou em nós, desfazer-se deste amor, mais tarde, não será tão penoso. Restará a saudade, talvez uma pequena mágoa, mas nada que resista por muito tempo. No final, sobreviverão as boas lembranças. Mas se esta pessoa "inventou" um personagem e você caiu na arapuca, aí, somado à dor da separação, virá um processo mais lento e sofrido: a de desconstrução daquela pessoa que você achou que era real.
Desconstruindo Flávia, desconstruindo Gilson, desconstruindo Marcelo. Milhares de pessoas estão vivendo seus dias aparentemente numa boa, mas por dentro estão desconstruindo ilusões, tudo porque se apaixonaram por uma fraude, não por alguém autêntico. Ok, é natural que, numa aproximação, a gente "venda" mais nossas qualidades que defeitos. Ninguém vai iniciar uma história dizendo: muito prazer, eu sou arrogante, preguiçoso e cleptomaníaco. Nada disso, é a hora de fazer charme. Mas isso é no começo. Uma vez o romance engatado, aí as defesas são postas de lado e a gente mostra quem realmente é, nossas gracinhas e nossas imperfeições. Isso se formos honestos. Os desonestos do amor são aqueles que fabricam idéias e atitudes, até que um dia cansam da brincadeira, deixam cair a máscara e o outro fica ali, atônito.
Quem se apaixonou por um falsário, tem que desconstruí-lo para se desapaixonar. É um sufoco. Exige que você reconheça que foi seduzido por uma fantasia, que você é capaz de se deixar confundir, que o seu desejo de amar é mais forte do que sua astúcia. Significa encarar que alguém por quem você dedicou um sentimento nobre e verdadeiro não chegou a existir, tudo não passou de uma representação – e olha, talvez até não tenha sido por mal, pode ser que esta pessoa nem conheça a si mesma, por isso ela se inventa.
A gente resiste muito a aceitar que alguém que amamos não é, e nem nunca foi, especial. Que sorte quando a gente sabe com quem está lidando: mesmo que venha a desamá-lo um dia, tudo o que foi construído se manterá de pé
Martha MedeirosOs meus caminhos tortos - Kaká Reis
Os meus caminhos tortos
Kaká Reis.
Cecilia Meireles... Oportunidades
Hoje me dei conta de que as
pessoas vivem a esperar por algo
E quando surge uma oportunidade
Se dizem confusas e despreparadas
Sentem que não merecem
Que o tempo certo ainda não chegou
E a vida passa
E os momentos se acumulam
como papéis sobre uma mesa
Estamos nos preparando para qualquer coisa
Mas ainda não aprendemos a viver
A arriscar por aquilo que queremos
A sentir aquilo que sonhamos
E assim adiamos nossas
vidas por tempo indeterminado
Até que a vida se encarregue
de decidir por nós mesmos
E percebemos o quanto perdemos
E o tanto que poderíamos ter evitado
Como somos tolos em nossos
pensamentos limitados
Em nossas emoções contidas
Em nossas ações determinadas
O ser humano se prende em si mesmo
Por medo e desconfiança
Vive como coisa
Num mundo de coisas
O tempo esperado é o agora
Sua consciência lhe direciona
Seus sentidos lhe alertam
E suas emoções não
mais são desprezadas
Antes que tudo acabe
É preciso fazer iniciar
Mesmo com dor e sofrimento
Antes arriscar do que apenas sonhar.
Cecilia Meireles...
EU... Florbela Espanca
Eu ...
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho,e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
Florbela Espanca
domingo, 16 de outubro de 2011
A Praia
"E quanto a mim? Eu continuo acreditando em paraíso. Mas pelo menos sei
que não é um lugar que possa procurar. Porquê não é para onde vai, é como se sente por um instante na sua vida enquanto é parte de alguma coisa. E se achar esse momento, ele pode durar para sempre."(A Praia)
sábado, 15 de outubro de 2011
Me pegou... Morgana Fernandes
"E quando você menos espera a vida te surpreende, um sorriso, um abraço, um beijo ou uma simples ligação telefonica pra dizer "bom dia", a felicidade reside em pequenos gestos que são capazes de transformar, manhãs cinzentas em lindos dias de sol, o amor nada mais é aquela coisa inexplicável que te encanta e surpreende quando você está distraído... Vem feito um furacão, inverte a ordem natural dar coisas, quebra regras, desfaz conceitos... Simplesmente acontece e por mais que você tente é inútil negar ele te pegou"...
Morgana Fernandes - 15/10/2011