terça-feira, 26 de março de 2013

Agridoce

A perfeição geométrica
Dos olhos de anis.
A mão esquelética
De linhas pueris.
A boca faminta.
Nos lábios febris
A sede inextinta
De tudo o que quis.
Suaves espumas
Da paixão degolada
Submergem nas brumas
Da ironia salgada.
Sintonia restrita
Da fusão mascarada.
Agrura maldita
Da doçura sagrada.
Raquel Ebert
[ Psicóloga e tradutora caxiense, reside em Porto Alegre ]

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